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Dólar sobe mais de 3% e fecha cotado a R$ 4,10

Incertezas no cenário interno e influência do exterior alimentaram o apetite de especuladores

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Após ter encerrado a última semana cotado a R$ 3,9757, o dólar subiu 3,36% nesta segunda-feira (28) e fechou a R$ 4,1095, refletindo a cautela dos investidores com o ajuste fiscal. Além disso, no exterior o dólar avançou ante as moedas de países emergentes, que foram penalizadas por um dado apontando forte queda no lucro das principais indústrias da China. 

Também pesaram as declarações de membros do Federal Reserve reforçando a percepção de que os juros vão subir ainda este ano nos Estados Unidos.

Na reta final do pregão, a moeda ampliou ainda mais seus ganhos ante o real. O movimento teria sido fruto da atuação especuladores, principalmente quando o avanço bateu em 2%, tendo clara a mensagem do Banco Central, na semana passada, de que se for preciso poderá usar suas reservas internacionais.

O movimento, segundo analistas, também refletiu comentários do diretor-executivo da Fitch, Rafael Guedes, que sinalizou que o Brasil deve ter sua nota de crédito cortada em breve, mas ressaltou que historicamente as decisões de rebaixamento tomadas pela agência são de apenas um degrau. Com isso, o país manteria o selo de bom pagador, uma vez que sua nota atual na Fitch é 'BBB', dois níveis acima do grau especulativo.

Às 9h50, o dólar era vendido a R$ 3,9930, em alta de 0,44%. Mais cedo, chegou a  ser vendido a R$  4,0088. 

Às 10h08, a moeda subia 0,61%, negociada a R$ 3,9970.

Às 11h12, o dólar novamente superava a marca dos R$ 4, subindo 1,28%, e sendo negociado a R$ 4,0233. 

Às 13h13, a moeda subia 0,80%, negociada a R$ 4,0042.

Às 13h56, a divisa estava cotada a R$ 4,0312, uma alta de 1,48%.

O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história na semana passada, por preocupações com o ajuste fiscal no Brasil e com a possibilidade do Federal Reserve elevar a taxa de juros do país. A moeda dos EUA chegou a ser vendida a R$ 4,24.

Nas três últimas sessões, o Banco Central brasileiro atuou dez vezes, incluindo leilões de swaps para rolagem, mas nunca no mercado à vista vendendo dólares das reservas internacionais.