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Após atingir R$ 3,99, dólar fecha cotado a R$ 3,98

Ibovespa tem queda de 1,43%, em dia de fortes oscilações

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O dólar teve alta de 0,57% nesta segunda-feira e fechou cotado a R$ 3,9809 na venda. No início da sessão, a moeda operava em queda, mas chegou a ultrapassar R$ 3,99 na máxima. Foi o segundo maior valor de fechamento da história do real. Em outubro de 2002, o dólar atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de R$ 4 e R$ 3,99, respectivamente. No mês e no ano, há alta acumulada de 9,75% e 49,73%, respectivamente.

No dia 16 de setembro, o JB publicou previsões de um conceituado economista, ex-diretor do Banco Central, de que a divisa americana atingirá R$ 4 este ano.

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O Ibovespa fechou a segunda-feira (21) em queda de 1,43%, aos 46.590 pontos, após dia marcado por fortes oscilações. 

O cenário político preocupa investidores, à medida que expectativas em relação ao anúncio de cortes de gastos e redução de ministérios só crescem. 

Declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que o Congresso não derrubará os vetos presidenciais ajudaram as ações a se afastarem das mínimas do dia, mas também pesaram na avaliação do mercado rumores de que a Taxa de Juros de longo Prazo (TJLP) deverá ser elevada para 7%, assim como a deflagração de mais uma fase da Operação Lava Jato. 

Na manhã desta segunda, a Justiça Federal condenou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal, por sua vez, prendeu um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho. Pouco mais tarde, o suposto operador do PMDB no esquema de corrupção João Rezende Henriques, "sucessor" de Fernando Baiano, se entregou à PF.

Por fim, teve algum peso na bolsa brasileira o Relatório Focus desta semana, que aumentou as projeções de retração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,55% para 2,70%. Dentre outras estimativas revisadas, destaque para o câmbio em 2016. As expectativas agora são que o dólar chegue a R$ 4, frente aos R$ 3,80 previstos anteriormente. 

No cenário internacional, incertezas quanto ao crescimento da economia global continuam pautando as transações. No centro da questão está a decisão do Federal Reserve, na última semana, de manter os juros dos Estados Unidos no patamar de 0,25%. Seus representantes, entretanto, deixaram aberta a possibilidade de elevação da taxa ainda em outubro. Em Wall Street, Dow Jones e S&P fecharam estáveis.  

No Ibovespa, as ações da Vale fecharam com tendência contrária, em dia de baixa nos preços do minério de ferro. Seus papeis ordinários (VALE3) subiram 0,10%, cotadas a R$ 19,93, enquanto os preferenciais (VALE5) desceram 0,57%, a R$ 15,70. O banco suiço Credit Suisse revisou projeções para a economia da siderúrgica, cortando em 12% a previsão de seu Ebitda para 2017. Em relatório, a instituição afirma que os resultados da Vale nos próximos dois anos serão desafiadores. A Petrobras (PETR3, R$ 8,62, -3,25%; PETR4, R$ 7,30, -3,95%), por sua vez, fechou o dia em queda, mesmo com a valorização do barril de petróleo. 

Bolsas europeias fecham em alta, recuperando perdas

As principais bolsas europeias fecharam a segunda em alta, recuperando suas perdas recentes. Investidores ainda digerem a decisão do Fed anunciada na semana passada e especulam se, em resposta, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, irá tomar alguma medida de estímulo econômico para o continente. Draghi e outros membros do Conselho do BCE deverão se pronunciar ainda durante esta semana.

No fechamento do pregão de hoje, o Stoxx 600 subiu 0,9%, revertendo queda de 0,2% em relação à sessão anterior. Em Londres, o FTSE-100 avançou 0,08%, aos 6.108 pontos. Em Frankfurt, o DAX cresceu 0,33%, aos 9.948 pontos. Em Milão, o índice FTSE-MIB subiu 1,12%, aos 21.755i pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 ganhou 0,10%, aos 9.856 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 subiu 1,09%, aos 4.585 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 subiu 1,17% aos 5.134 pontos.

Mercados asiáticos fecham em baixa, com exceção da China

As bolsas da China também fecharam o pregão em alta nesta segunda. O índice Xangai Composto avançou 1,89%, aos 3.156,54 pontos, enquanto o SZSE Component subiu 3,31%. 

Já os outros mercados asiáticos fecharam em baixa: em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,75%, aos 21.756,93 pontos; em Tóquio, o Nikkei 225 recuou 1,96%, aos 18.070,21 pontos; em Seul, o Kospi caiu 1,57%, aos 1.964,68 pontos; em Cingapura, o Straits Times teve baixa de 0,09%, aos 1.964,68 pontos; e em Taiwan, o Taiwan Weighted teve queda de 1,83%, aos 8.307,04 pontos. 

No encerramento em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 2,02%.