Com a baixa no mercado de ações, o preço do petróleo fechou em baixa nesta sexta-feira (4). Os contratos de WTI para outubro fecharam a US$ 46,05 por barril, uma queda de US$ 0,70, ou 1,50%. Na Inglaterra, o barril de Brent fechou a US$ 49,61, queda de US$ 1,07 ou 2,11%.
Além do fraco desempenho das bolsas, o informe sobre o mercado de trabalho americano, divulgando um número de criação de empregos abaixo do que se esperava, também é apontado como fator de influência do fechamento.
Para o analista da corretora Rico, Roberto Indech, contudo, "a taxa de desemprego é o índice que o Federal Reserve [banco central americano] deve levar mais em conta na decisão se aumenta ou não os juros". Como houve queda de 5,1% no desemprego, o cenário de alta ficou mais provável. Segundo ele, o petróleo deve acompanhar o mercado de ações, com alguma volatilidade. "Os maiores fatores de influência serão o desempenho chinês e a reunião do Fed, dia 16".
Na abertura, o Brent para entrega em outubro já registrava baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 50,21, uma variação negativa de 1,02% em relação à sessão anterior, que fechou a US$ 50,60, registrando alta de 0,19%. Os preços inicialmente subiram em reação aos dados do Departamento do Trabalho dos EUA,mas depois recuaram.
Os preços depois subiram em reação aos dados do Departamento do Trabalho dos EUA, quando investidores receberam o indicador fraco como sinal de que o Federal Reserve poderia adiar a elevação das taxas de juro.
O aumento nos preços de quinta-feira (3) ocorreu devido à previsão da manutenção dos estímulos à economia da União Europeia. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, havia admitido a possibilidade de ampliar o programa mensal de compra de bônus, medida que aumenta a liquidez para mercados financeiros.