ASSINE
search button

Após bater R$ 3,81, dólar fecha estável a R$ 3,7598

Queda foi motivada pela votação da MP que aumenta imposto sobre lucro dos bancos

Compartilhar

Após ter ultrapassado a marca de R$ 3,80, o dólar fechou estável nesta quinta-feira (3), cotado a R$ 3,7598, o mesmo valor da véspera.

Na máxima da sessão, a moeda americana atingiu R$ 3,8175, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002, quando foi a R$ 3,82. Os motivos foram as especulações sobre a saída do ministro Joaquim Levy.

A queda da divisa ocorreu quando a Câmara dos Deputados iniciou a votação da Medida Provisória que aumenta a alíquota da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro. Segundo o texto-base aprovado pela Câmara, a CSLL subirá para 20% até 1º de janeiro de 2019, ante os atuais 15%, o que pode levar bancos brasileiros com subsidiárias no exterior a vender dólares para manter sua proteção cambial.

Mais cedo, preocupações sobre a economia brasileira seguiram entre as preocupações do mercado. 

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Bovespa fecha em alta pelo segundo dia

A Bovespa fechou em alta de 1,94% nesta quinta-feira (3), a 47.365 pontos. Foi o segundo dia consecutivo de alta, beneficiada pelo otimismo nos mercados acionários no exterior. As ações da Vale foram os principais suportes para o avanço, acompanhando o movimento de mineradoras nas bolsas do exterior.

Na semana, a bolsa subiu 0,44%. No ano, o índice acumula perda de 5,28%.

As ações ordinárias da Petrobras subiram, 0,39%, enquanto as preferenciais caíram 0,68%. 

Nesta tarde, a notícia de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cancelou viagem à Turquia para a reunião do G20, também esteve no radar dos investidores. 

O avanço da bolsa é influenciado pelas boas notícias do exterior, com a alta das bolsas de Nova York, a melhoria dos indicadores dos EUA e o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que poderá continuar com os estímulos na economia, se necessário.

Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 282 mil, acima da previsão de 274 mil, mas a média móvel em quatro semanas dos pedidos segue na mínima em 15 anos. Além disso, o déficit comercial dos EUA caiu a US$ 41,86 bilhões em julho, abaixo das expectativas de -US$ 42,0 bilhões.

O BCE manteve nesta quinta-feira as taxas básicas de juros inalteradas em mínimas históricas e cortar suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação na zona do euro, Draghi afirmou que o programa de compras de ativos mensais (QE, na sigla em inglês) no valor de 60 bilhões de euros serão implementados totalmente até o final de setembro de 2016, quando termina o prazo, ou além deste período, se necessário. Em coletiva à imprensa, Graghi explicou que o objetivo é alcançar a taxa próxima de 2% no médio prazo até que haja uma melhora sustentada no caminho da inflação. 

Nesta quarta-feira, a Bovespa fechou em alta, após três pregões de perdas. O Ibovespa subiu 2,17%, a 46.463 pontos.