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Grécia começa a pagar os empréstimos ao BCE e ao FMI

Bancos reabriram depois de três semanas fechados

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A Grécia começou nesta segunda-feira (20/7) o processo de pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

O pagamento está sendo possível depois que a Grécia recebeu na sexta-feira (17/7) da União Europeia um crédito emergencial de 7,16 bilhões de euros.

Os bancos gregos também reabriram na manhã desta segunda-feira, depois de três semanas de fechamento, graças ao recebimento de 900 milhões de euros, pelo BCE.

>> Grécia reabre os bancos hoje

A presidente da União de Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, Louka Katseli, pediu aos correntistas que voltem a fazer depósitos nos bancos para que o sistema bancário continue a funcionar.

A reabertura dos bancos na Grécia depois de três semanas de fechamento coincidiu com a aplicação efetiva do novo imposto, com aumentos nos transporte, alimentação e restaurantes.

O controle de capital continua, com limites idênticos para a retirada de dinheiro -60 € por pessoa por dia ou 420 por semana. A reabertura dos bancos vai dar um pouco de normalidade para uma economia em marcha lenta: perdas estimado em 3 milhões de euros, 1,8 milhões de importações pararam, 240 milhões em exportações e cerca de 600 milhões nas pequena e média empresa, que tem visto redução de 70% no volume de negócios, apesar de iniciar, na semana passada , o período de vendas. Além disso, de acordo com a Câmara de Comércio e Indústria de Atenas, neste período, foi suspenso um total de 6 milhões de euros em transações comerciais, com 4.500 contêineres de matérias-primas e bens manufaturados detidos na alfândega.

A aprovação das primeiras medidas de austeridade pelo Parlamento grego na última quinta-feira (16) abriu caminho para que a Comissão Europeia confirmasse um empréstimo ponte no valor de 7 bilhões de euros, para que a Grécia possa fazer o pagamento de dívidas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Central Europeu.

O acordo com os credores internacionais gerou reação entre membros do Syriza, partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras, que venceu as últimas eleições em janeiro pregando o fim da austeridade. Vários parlamentares da base do governo votaram contra o as medidas, que foram aprovadas por maioria no Parlamento, com o apoio de 229 dos 300 parlamentares.

A reação do Syriza resultou em mudanças no governo. Nove membros do alto escalão foram substituídos, entre eles o Ministro de Energia, Panagiotis Lafazanis, líder do grupo militante de esquerda do partido. Mas com a dissidência na base governista e a oposição liderando o suporte ao acordo, a maioria necessária para que Tsipras continue no poder está enfraquecida e novas eleições podem ser convocadas até agosto.