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Grécia cumpre exigências para negociações, diz Comissão Europeia

"Parlamento grego deu um passo importante na reconstrução da confiança"

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A Comissão Europeia propôs conceder um empréstimo de 7 bilhões de euros, para cobrir as necessidades mais urgentes do país. De acordo com órgão executivo na União Europeia, a votação do Parlamento grego na quarta-feira (15/7) cumpre satisfatoriamente com as exigências de seus credores, para começar a negociação do terceiro resgate acordado na segunda-feira.

"O Parlamento grego deu um passo importante na reconstrução da confiança", indicou Annika Breidhtardt, informando que as instituições credoras de Atenas constatam que "as autoridades gregas implementaram a primeira série de quatro medidas acordadas na cúpula da zona do euro (de segunda-feira) de maneira pontual e em geral satisfatória".

O empréstimo será concedido até que o acordo seja aprovado pelos parlamentos da Alemanha, Finlândia, Áustria, Holanda, Eslováquia e Estônia.

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O Parlamento da Grécia aprovou por ampla maioria, as primeiras exigências da Europa em troca de ajuda financeira ao país. A Grécia tinha até esta quarta-feira para votar as medidas exigidas pela Europa, como as altas do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a reforma das aposentadorias.

Entre os congressistas que votaram contra, estão o ex-ministro da Economia Yanis Varoufakis e a presidente do Parlamento, Zoé Konstantopoulou. Pelo menos 32 deputados do Syriza, o partido de esquerda radical do Tsipras, rejeitaram as reformas.

A votação transcorreu em um ambiente bastante tenso, precedida por protestos reprimidos com gás lacrimogêneo pela polícia, do lado de fora do Parlamento.

No início do debate parlamentar, manifestantes lançaram coquetéis molotov e pedras contra a polícia, que respondeu com violência, na praça Syntagma de Atenas, a poucos metros do Congresso.

Depois de um protesto de cerca de 12 mil pessoas contrárias ao acordo, vários jovens mascarados e com capacete enfrentaram a polícia. Os agentes responderam com gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Caixas eletrônicos também foram destruídos.

No bairro turístico de Plaka, aos pés da Acrópole, houve mais confrontos entre policiais e jovens, que atearam fogo em carros. Perto da estação de metrô de Acrópole, pontos de ônibus e vitrines de lojas também foram danificados. A greve de 24 horas do funcionalismo público afetou o transporte e o atendimento nos hospitais.