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Grécia: negociações ainda devem levar tempo, diz presidente do Eurogrupo 

Parlamento grego irá votar medidas na próxima quarta

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Grécia e credores chegaram a um acordo para manter o resgate financeiro ao país na manhã desta segunda-feira (13). A contrapartida exigida é que o governo imponha série de medidas de austeridade, que devem ser votadas pelo Parlamento grego na próxima quarta-feira (15), mas a negociação ainda deve levar cerca de quatro semanas, segundo o presidente do Eurogrupo, Jeron Dijsselbloem. 

"Algumas pessoas dizem que sou otimista", disse Dijsselbloemem em Bruxelas, após reunião entre autoridades da zona do euro que o elegeram para um segundo mandato, de dois anos e meio. O presidente do conselho Europeu, Donald Tusk, disse que acordo com a Grécia prevê "sérias reformar e apoio financeiro" ao país. 

Na quarta-feira, o Parlamento grego irá votar as medidas. “Se isso for cumprido, teremos uma teleconferência do Eurogrupo provavelmente na manhã de quinta-feira para avaliar a questão e isso será o sinal para os demais ministros irem para seus Parlamentos nacionais”, disse Dijsselbloem. Após passar pelo Parlamento grego, os parlamentos de outros países irão aprovar ou não o acordo. Enquanto isto, os bancos do país permanecem fechados. 

Dijsselbloem disse ainda que a Europa está discutindo um programa de longo prazo para a Grécia e que ao longo da semana, outras duas teleconferências devem ocorrer entre o autoridades do Eurogrupo para discutir o processo.

Enquanto isto, o Eurogrupo irá negociar um financiamento ponte para a Grécia. “Mas isso é algo muito complexo, estamos olhando várias possibilidades. Há questões técnicas, legais, financeiras e políticas a serem consideradas”, disse o presidente do Eurogrupo.

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A ministra das Finanças de Portugal Maria Luís Albuquerque destacou o "empenho muito grande" de toda a zona do euro em atingir o sucesso do acordo, mas frisou que Atenas deve dar provas de sua determinação. 

Já o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, disse considerar um "milagre" a Grécia conseguir aplicar no curto prazo as medidas exigidas pelos credores para o novo resgate. “Essas obrigações são tão difíceis que consideramos que será um pequeno milagre que o executivo e o parlamento gregos o consigam em tão pouco tempo e o aceitem”, segundo Robert Fico, social-democrata, citada na página do executivo eslovaco na internet.