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Presidente do BC alemão quer que o BCE pare de financiar a Grécia

"Bancos centrais têm que demonstrar onde estão seus limites", diz Weidmann

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A Alemanha insiste em se responsabilizar por um novo conflito no mundo. Sacrificar a Grécia significa abrir uma frente contra outros cinco países europeus que se encontram em situação igual ao da Grécia. 

Nesta quinta-feira (9/7) o presidente do Bundesbank (banco central alemão) Jens Weidmann, integrante do conselho de ministros do Banco Central Europeu (BCE), pediu que a instituição deixe de fornecer ajuda urgente à Grécia, para que os governos assumam a tarefa.

"Deve estar perfeitamente claro que a responsabilidade sobre a nova situação na Grécia e qualquer decisão de transferir recursos financeiros está agora nas mãos do governo grego e dos países que fornecem ajuda, não nas mãos do conselho de ministros do BCE", disse Weidmann, em Frankfurt.

"Os bancos centrais têm que demonstrar onde estão seus limites", completou o presidente do Bundesbank, que é contrário às ajudas de emergência (conhecidas como ELA) que o BCE proporciona há um mês aos bancos gregos, que estão em situação precária pelas grandes retiradas de dinheiro.

Na segunda-feira, o BCE endureceu as condições para conceder os empréstimos, que há uma semana estão fixados em 89 bilhões de euros.

Para evitar o colapso financeiro e limitar os saques nos caixas, o governo grego determinou o fechamento dos bancos e um controle de capitais.