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Dólar sobe ante o real com disputas políticas no Brasil e fecha em R$ 3,18

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As disputas políticas envolvendo a presidente Dilma Rousseff e a oposição repercutiram na cotação do dólar, que se fortaleceu frente ao real nesta terça-feira (7). A moeda americana encerrou o dia em alta de 1,29%, cotada a R$ 3,18, mesmo com dados ruins nos Estados Unidos, que mostraram aumento do déficit comercial no país.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente rebateu os que buscam tirá-la do poder, após convenção nacional do PSDB que elegeu Aécio Neves como presidente do partido no último domingo (5). Na ocasião, políticos fizeram críticas à gestão Dilma e disseram estar “preparados” para assumir o governo. Alguns oposicionistas afirmaram ainda que o governo Dilma pode acabar "talvez mais breve do que imaginam".

>> Líderes da base aliada divulgam nota de apoio a Dilma e Michel Temer

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", disse a mandatária na entrevista. 

>> Veja a entrevista de Dilma Rousseff

>> Veja a nota de Aécio

Nos EUA, o déficit comercial registrou aumento de 2,9% em maio atingindo o valor de US$ 41,9 bilhões, segundo dados do Departamento de Comércio do país. As exportações ficaram em US$ 188,6 bilhões, valor 0,8% menor do que abril, afetadas por um dólar mais forte. Já as importações tiveram queda mais branda, de apenas 0,1%, e ficaram em US$ 230,5 bilhões. 

A queda nas exportações de equipamentos de aviação e de outros bens manufatureiros foram foi a que mais contribuiu para o resultado negativo. 

Em relação a outros países, o déficit comercial com a China e a União Europeia registraram aumento. O Estados Unidos aumentaram as importações da China e diminuíram as exportações aos europeus, devido ao fortalecimento do dólar frente ao euro, o que tornou o valor dos produtos americanos menos vantajosos para os consumidores da zona do euro. 

O dólar encerrou cotado a R$ 3,1825 na venda e R$ 3,1809 na compra, com alta de 1,286.