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Empresária larga a arquitetura e aposta no mercado de casamento

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Isabella Ciampaglia sempre teve um gosto apurado, aproveitou seu senso crítico e se formou em arquitetura. No inicio da carreira, trabalhou nos mais variados tipos de segmentos, desde escritórios pequenos até em projetos de grande porte. Nessa diversidade, se apaixonou pelo design de mobiliário, onde fez sua pós-graduação no Instituto Europeu de Design, em Higienópolis.

Isabella logo sentiu a necessidade de uma liberdade maior para desenvolver os seus projetos e decidiu sair do escritório e começou a trabalhar em casa, com alguns clientes fixos, mas nada que a completasse como profissional. Foi nesta época que encontrou sua ex-sócia, Ana Paola Liberatore Gaio que na época, já trabalhava no mercado de casamento como assessora, além de criar o “Fichário da noiva” (para reunir informações do casamento e depois guardar de recordação) e estava em busca de algo diferente. Unindo o bom gosto de Isabella e o conhecimento no mercado de Ana, em um primeiro momento, a ideia era criar um site de notícias de casamento.

Logo em seguida, as duas tiveram a primeira experiência com festas de casamento, quando uma amiga da Ana pediu uma ajuda na organização nos últimos detalhes da festa e no dia do casamento. Depois de lidar com essa experiência, Isabella sentiu que tinha jeito para o negócio, e apesar da insegurança nas primeiras festas, o desafio de realizar o evento dos sonhos e garantir o sucesso de uma noite garantiu a paixão pelo setor e logo as duas se aprofundaram na assessoria de casamento.

“A arquitetura sempre me trouxe uma bagagem muito boa para a organização de eventos, tanto na parte prática, por eu ter uma boa noção de espaço, como no design e lidar da mesma forma com o sonho da pessoa” Conta Isabella sobre sua experiência na área.Com uma equipe media de quatro pessoas completamente profissional, o boca a boca trouxe novos clientes, e para tratar todo evento com a excelência necessária, as duas realizavam em torno de dois casamentos por mês. Desta forma, foram criando um relacionamento próximo com fornecedores corriqueiros.

O sucesso das festas trouxe a tona uma dificuldade nova: manter a vida pessoal, já que os casamentos eram realizados normalmente nos finais de semana. Foi ai que surgiu a ideia de sonhar mais alto e criar um evento onde as noivas pudessem resolver todas as pendências do casamento, unindo os fornecedores em um único espaço, aproveitando os contatos para oferecer um preço mais em conta. Nasceu então em fevereiro de 2011 o Cheers Off.

“A única grande dificuldade nas primeiras edições foi a parte comercial do evento, onde primeiro temos que selecionar quem gostaríamos que participasse já que prezamos pela qualidade dos profissionais e depois passamos para a parte da negociação, que nunca é facil. Foi o momento mais difícil, pois não tenho uma grande habilidade comercial. Hoje, com o Cheers Off indo para 7° edição, é um pouco mais fácil, o evento já mostrou trazer grandes resultados aos expositores, que normalmente, nos procuram para participar”, conta Isabella.

Após o sucesso do evento, e conhecendo o crescimento rápido do mercado, Isabella não parou por ai. Este ano, pretende lançar mais dois eventos, o Cheers Boutique, que tem o mesmo objetivo do primeiro, possibilitar para o cliente (noivos) fechar em um único espaço, todos os serviços necessários para seu casamento, mas traz como diferencial, além de um benefício exclusivo, possibilitar ao convidado vivenciar um casamento real e o Cheers Kids, em parceria com a nova sócia, Ana Luisa Oliveira, voltado para o mercado infantil.

“Hoje tenho como maior desafio do empreendedorismo, conciliar todos os eventos, desde sua organização (agendas de reuniões com todo o desenvolvimento de design gráfico e produção que eu mesma cuido) com a minha vida pessoal, pois atualmente sou mãe e faço questão de cuidar de minha filha e ainda estar presente com a família e amigos” conta Isabella, “outro momento difícil é a ansiedade e insegurança do novo, de não querer errar no formato de novos eventos e a dúvida de que a ideia será bem aceita por todos. Mas isso tenho trabalhado muito em estudos de autoconhecimento e tem sido bem mais fácil lidar. Se nós mesmos não acreditarmos em nossos sonhos e conquistas, quem mais poderia acreditar?”.