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Dilma: "Precisamos reduzir riscos para negócios no Brasil" 

Presidente também defendeu plano de concessões em fala para empresários nos EUA

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Em entrevista ao The Wall Street Journal, nesta segunda-feira (29), a presidente Dilma Rousseff defendeu um ambiente de negócios mais amigável na economia da América Latina para que o Brasil receba os investimentos necessários para a retomada do crescimento. "Precisamos reduzir riscos de fazer negócios no Brasil", afirmou.

A presidente brasileira fez uma visita à redação do jornal, que pertence ao grupo News Corporation, do magnata da mídia Rupert Murdoch, com quem se reuniu mais cedo.

Dilma está nos Estados Unidos em uma visita de trabalho. Ontem, ela se reuniu com empresários brasileiros que investem no país. Nesta segunda, ela participou de reuniões com investidores do setor financeiro e com empresários do setor produtivo. No encerramento do Encontro Empresarial sobre oportunidades de investimento em Infraestrutura no Brasil, a presidente defendeu o plano de concessões do governo brasileiro.

Ela apresentou números do plano que vai envolver R$ 198,4 bilhões em parcerias com o setor privado. Dilma disse que um dos objetivos da viagem da comitiva presidencial aos Estados Unidos é tratar de projetos "viáveis" em infraestrutura. "É preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimentos para o capital privado. É esta a demanda sobre nós. É exatamente isso que procuramos fazer. Essa viagem faz parte deste processo", disse a presidente.

A presidente explicou  as oportunidades de investimento no Brasil. "Com mais carros, mais caminhões e ônibus, temos de ampliar o investimento em rodovias, e estamos optando pelo caminho de ampliar concessões", disse Dilma. 

A presidente também defendeu o aumento da produtividade. "A recuperação do crescimento sustentável da nossa economia, ela depende do aumento o mais rápido, mas também o mais sólido da produtividade. Com mais produtividade, os salários e os lucros vão ser, necessariamente, maiores e vão poder crescer sem pressionar a inflação. Com mais produtividade, a nossa arrecadação pública, a arrecadação do governo também crescerá mais rapidamente sem aumento da carga tributária. Com mais produtividade, nós vamos crescer mais e vamos ter melhores empregos. Daremos também continuidade às políticas de redução da desigualdade que tiraram da miséria milhões de brasileiros e que nos permitiram estar construindo um país de classe média com melhores serviços públicos".

"Para aumentar nossa produtividade, precisamos aumentar nossa taxa de investimento, sobretudo, investimento em infraestrutura. É por isso que nós lançamos o Programa de Investimento em Logística 2015-2018", acrescentou.

No evento, que foi aberto pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, o governo detalhou a cerca de 250 investidores, brasileiros e americanos, as oportunidades de investimento no Brasil.

"Estamos em uma fase de transição e construção de uma nova etapa de crescimento do país", destacou Barbosa. "O investimento no Brasil é facilitado porque temos operadores muito capacitados", discursou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante apresentação do PIL (Plano de Investimentos em Infraestrutura Logística).