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Contas do governo têm superávit primário de R$ 6,6 bilhões no acumulado do ano

É o pior resultado para o período em 17 anos

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As contas do governo registraram nos cinco primeiros meses deste ano um superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 6,62 bilhões, uma queda de 65,6% em relação ao resultado do primeiro quadrimestre de 2014, quando o superávit primário ficou em R$ 19,28 bilhões. É o pior resultado para o período em 17 anos, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira.

Em maio de 2015, o resultado primário do Governo Central foi deficitário em R$ 8,1 bilhões, contra déficit de R$ 10,4 bilhões em abril. A Dívida Líquida do Tesouro Nacional (DLTN) alcançou o montante de R$ 1,2 trilhão em maio, o que corresponde a 21,4% do PIB.

De acordo com os números do Tesouro, as receitas totais subiram 4,2% nos cinco primeiros meses do ano, em termos nominais, para R$ 529 bilhões. O aumento das receitas foi de R$ 21,1 bilhões sobre o mesmo período do ano passado.

Já as despesas totais subiram 8,2%, para R$ 425 bilhões. O aumento foi de R$ 32,08 bilhões. Os gastos somente de custeio avançaram 14,3% na parcial deste ano, para R$ 98,05 bilhões, um aumento de R$ 12,29 bilhões.

Por outro lado, as despesas com investimentos caíram 32,3% nos cinco primeiros meses deste ano, para R$ 23,63 bilhões. A queda frente ao mesmo período de 2014 foi de R$ 11,28 bilhões.

Além da queda da arrecadação, o governo também recebeu menos recursos de dividendos de empresas estatais. De janeiro a maio de 2015, o governo recebeu R$ 2,91 bilhões em dividendos, contra R$ 9,01 bilhões no mesmo período de 2014. Em concessões, porém, o governo recebeu mais recursos de janeiro a maio deste ano (R$ 3,91 bilhões) contra o mesmo período do  ano passado (R$ 1,22 bilhão).