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Dilma: "Nenhum contingenciamento paralisa o governo"

Presidente não antecipou valor, mas disse que será 'absolutamente adequado'

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Em entrevista coletiva, após encontro com o colega uruguaio, Tabaré Vázquez, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "nenhum contingenciamento paralisa o governo", em uma referência ao corte orçamentário que será divulgado nesta sexta-feira. "O governo gasta menos com certas coisas...Vamos fazer uma boa economia para que o país volte a crescer", disse.

Dilma não quis antecipar qual será o tamanho do corte, mas reafirmou que será "adequado". "O governo fará na sexta o anúncio sobre seu contingenciamento. Tem gente que acha que o  contingenciamento do governo vai ser pequeno. Não vai. Vai ser um contingenciamento, e dou o conceito, não o número: não tão grande que não seja necessário nem tão pequeno que não seja efetivo, que não provoque nada. Tem de ser absolutamente adequado", acrescentou.

>> Contingenciamento do Orçamento será divulgado amanhã, diz ministro

A presidente defendeu a necessidade de aprovação das medidas de ajuste enviadas ao Congresso. "A crise internacional entrou no oitavo ano, e o Brasil esgotou os instrumentos empregados pelo governo para combatê-la. Agora, temos de recompor nossas contas fiscais com essas duas MPs e o PL", enfatizou a presidente.

Dilma não quis fazer uma previsão sobre o resultado das votações no Congresso, mas ressaltou que, "para o Brasil virar essa página, é fundamental o ajuste".

Em referência aos comentários do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que em entrevista na quarta-feira (20) defendeu a saída de Joaquim Levy, a presidente disse que o ministro vai permanecer no governo. “Este é um país democrático, as pessoas podem pensar diferente. Dentro de todos os partidos, você vê pessoas pensando diferente. Eu não tenho a mesma posição do senador em relação ao Joaquim Levy. O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo”, afirmou. 

Levy já afirmou que o corte no Orçamento ficará entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. O Orçamento deste ano prevê receita líquida de R$ 1,2 trilhão (21,9% do PIB) e despesas primárias totais – sem contar gastos com juros e amortização da dívida – de R$ 1,1 trilhão (20,9% do PIB).