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Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015

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A Petrobras teve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 1% em relação ao mesmo período de 2014. Segundo a empresa, o resultado foi influenciado pelos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Também houve "menores custos das vendas, refletindo a redução dos gastos e dos volumes com importações de petróleo e derivados".

De acordo com o balanço divulgado pela estatal nesta sexta-feira, nos primeiros três meses de 2015, houve menor venda de derivados no mercado interno (10%) devido à sazonalidade do consumo e ao menor nível de atividade econômica.

A receita de vendas da estatal somou R$ 74,353 bilhões, queda de 9% na comparação com a receita de R$ 81,5 bilhões obtidos entre janeiro e março do ano passado. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, por sua vez, cresceu 50%, para R$ 21,518 bilhões.

Os investimentos totalizaram R$ 17,8 bilhões, 13% inferiores ao 1º trimestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva. A Petrobras terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa.

>> Estatal anuncia reestruturação da Ouvidoria Geral

Destaques operacionais

A produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 11% em relação ao 1º trimestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em abril, foi atingido recorde na produção mensal de petróleo no pré-sal, de 715 mil barris por dia.

Neste trimestre, foi iniciada a operação do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos); da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos); e do campo de Hadrian South, em águas ultraprofundas no Golfo do México (EUA).

No refino, a produção total de derivados no Brasil e exterior foi de 2 milhões 119 mil bpd, 8% inferior ao mesmo período de 2014. A queda na produção doméstica deveu-se à parada programada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, parcialmente compensada pela contribuição da produção da RNEST.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que a empresa trabalha para manter o desempenho econômico-financeiro em patamares elevados. "Como já pude mencionar em algumas ocasiões, nosso objetivo é desenvolver uma companhia rentável, com excelência em governança e que seja capaz de utilizar de maneira eficiente sua base de ativos para gerar o máximo de valor aos seus acionistas e investidores", afirmou.

Balanço mostra uma empresa moralmente erguida

O balanço divulgado hoje mostra, mais uma vez, uma Petrobras moralmente erguida, e com todos os seus cuidados para que, num futuro próximo, volte a ter o valor que nunca deveria ter perdido, por ser a mais importante companhia do mundo em investimento de prospecção de petróleo e gás.

Desde que assumiu a presidência da Petrobras, Aldemir Bendine tem implementado novo ritmo à estatal, reestruturando suas bases, organizando suas finanças e reequilibrando seus alicerces.

A mudança vem claramente se refletindo no mercado. Suas ações vêm subindo com consistência, na expectativa da divulgação dos balanços. A reorganização credencia Bendine a ser visto não apenas como um nome que vai reerguer a estatal, mas que pode conduzir os rumos do próprio país.

Em coletiva, diretores destacam importância do plano de negócios

Participaram da coletiva Jorge Celestino Ramos, Diretor de Abastecimento, Solange da Silva Guedes, Diretora de Exploracao e Produção, Ivan de Souza Monteiro, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Hugo Repsold Júnior, Diretor de Gás e Energia e João Adalberto Elek Júnior, Diretor de Governança, Risco e Conformidade. Questionados a respeito do pagamento de dividendos com por conta do balanço positivo, Ivan respondeu que o pagamento será efetuado de acordo com os resultados finais de 2015. Em relação a ações na justiça, o diretor disse que a empresa não está sendo processada por conta do não pagamento de dividendos. 

Questões sobre a alavancagem financeira da empresa também foram pauta na coletiva. Ivan Monteiro disse que  "a redução da alavancagem vai depender muito de várias iniciativas da empresa", destacando também que esta é uma das prioridades do plano de negócios que deve ser publicado na primeira quinzena de junho.

Muitas das perguntas tiveram como resposta o aguardo pelo plano de negócios. Os diretores destacaram que novos investimentos, contratos e licitações só terão definição com a divulgação do plano. Entretanto, Solange destacou que a empresa não está paralisada. "O resultado do trimestre demonstra isto: uma capacidade operacional muito relevante.

Questionada sobre os contratos com a Sete Brasil, Solange respondeu que por enquanto eles vão se manter. "Nosso contrato é de 28 sondas, mas não há definição acerca desta questão".