O diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) Waldyr Barroso, disse nesta quarta-feira, durante evento no Rio de Janeiro, que o Brasil deve dobrar a produção de petróleo até 2015. Se essa previsão for confirmada, o país produziria cerca de 4,4 milhões de barris/dia em até dez anos, em comparação aos 2,2 milhões de barris/dia no ano passado.
Barroso explicou que a estimativa foi feita com informações atualizadas de concessionárias em atuação no país, mas não comentou se os números anteriores eram mais otimistas.
"Essa previsão está em função dos planos de produção que os concessionários nos enviam. Anualmente a agência faz uma análise, essa informação foi em função dos planos de desenvolvimento encaminhados".
Também presente ao evento, o gerente de óleo cru da Petrobras, Fernando Colares Nogueira, disse que a estatal prevê exportar uma média de 350 mil barris de petróleo por dia em 2015, uma alta de 51,2% em comparação com o ano passado, quando as exportações somaram 231,5 mil barris de petróleo por dia.
Nogueira ressaltou que o principal destino do petróleo exportado será a Ásia, principalmente a China e a Índia. Segundo ele, o mercado norte-americano ficará menos relevante, devido à alta produtividade do óleo e gás não convencionais ("shale"), nos EUA.
A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras no pré-sal atingiu, em 11 de abril, 800 mil barris de petróleo por dia, configurando novo recorde. Segundo Nogueira, o pré-sal é economicamente viável com os preços de petróleo previstos pela companhia para este ano e para o próximo.
O gerente de óleo cru também explicou que a companhia tem reduzido sua participação no total da exportação de petróleo do país. Atualmente, a Petrobras é responsável por 50% do petróleo exportado do Brasil, contra 70% em 2011.