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Balança comercial tem superávit de US$ 491 mi em abril, o pior resultado em 2 anos

Na parcial de 2015, foi registrado déficit de US$ 5,06 bilhões

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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou nesta segunda-feira (4) que a balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 491 milhões em abril, o pior resultado para meses de abril em dois anos. No mesmo período do ano passado foi registrado um superávit de US$ 506 milhões. 

As exportações somaram US$ 15,15 bilhões em abril, com queda de 23,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, por conta do recuo das vendas de básicos (-28,9%), manufaturados (-14,9%) e, também, semimanufaturados (-20%).

Já as importações, que totalizaram US$ 14,66 bilhões em abril, recuaram 23,7% frente ao mesmo mês de 2014 por conta da retração de compras de todas as categorias de produtos do exterior.

Em janeiro deste ano, a balança comercial registrou déficit (com mais importações do que vendas externas) de US$ 3,17 bilhões e, em fevereiro, o resultado ficou negativo em US$ 2,84 bilhões. Já em março, houve um superávit – com exportações superando as compras do exterior - de US$ 458 milhões.

Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações caíram mais que as importações. De janeiro a abril, o país exportou US$ 57,931 bilhões, queda de 16,4% pela média diária em relação ao mesmo período de 2014. As importações somaram US$ 62,997 bilhões, retração de 15,9% também pela média diária.

As três principais categorias de produtos exportados tiveram queda no acumulado do ano. As vendas de produtos básicos caíram 23,6% na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado. Os principais itens que puxaram a queda foram o minério de ferro (-45,1%), a soja em grão (-41%) e a carne bovina (-24,2%). Esses produtos atravessam queda de preços no mercado internacional.

As exportações de manufaturados caíram 11,3%, por causa principalmente de motores e geradores (-22,9%), máquinas de terraplanagem (-20,8%) e automóveis (-19%). As vendas externas de semimanufaturados caíram 2,5% no acumulado do ano, com destaque para açúcar em bruto (-13,8%), couros e pelos (-12,2%) e ferro fundido (-10,9%).