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'WSJ': Alcoa interrompe produção de alumínio no Brasil

Foram demitidos 650 funcionários na unidade de São Luís, no Maranhão.

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O jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou nesta terça-feira (31/03) uma matéria de Angela Chen  sobre um corte de produção feito pela Alcoa no Brasil, que levou à demissão de 650 funcionários. 

“A Alcoa Inc. planeja interromper totalmente suas fundições em sua fábrica brasileira em meados de abril como parte de seu plano que está em curso para baixar custos. 

As ações subiram cerca de 1% na recente cotação do pré-market. 

No início de março, a Alcoa — o maior produtor de alumínio em lucro — afirmou que espera perder até 14% de sua capacidade de produção num momento em que continua a lutar contra preços baixos e um mercado global com oferta excedente. 

Depois de chegar a mais de US$ 2.000 por tonelada no ano passado, os preços por alumínio bruto na London Metal Exchange (Bolsa de Metais de Londres) caíram de novo a cerca de US$ 1.800 por tonelada.

Enfrentar as condições do mercado global e os custos mais altos tornou a fundição em São Luis, no Maranhão, não competitiva, afirmou a Alcoa na segunda-feira. 

Em maio, a Alcoa decidiu desativar inicialmente 85.000 toneladas métricas de capacidade na fábrica brasileira. A empresa reduziu outras 12.000 toneladas métricas em outubro. 

A refinaria em São Luis não foi afetada e vai continuar normalmente com suas operações.

Uma vez que a fábrica de São Luis estiver completamente reduzida, a Alcoa terá 740.000 toneladas métricas de sua capacidade de fundição, ou 21%, offline. 

O movimento vai resultar em um gasto de reestruturação de US$ 10 milhões para US$ 15 milhões, ou um centavo por ação, em seu primeiro trimestre, disse a Alcoa.

A Alcoa, com sede em Nova York, afirmou que irá rever 500.000 toneladas de capacidade de fundição e 2,8 milhões de toneladas de capacidade de refino para “possíveis reduções ou desinvestimentos.” Desde 2007, a companhia fechou ou vendeu 1,3 milhões de toneladas, ou cerca de um terço, de sua “capacidade de fundição com maior custo no mundo”. 

No início deste mês, a empresa relatou planos de vender suas operações de refinaria no Suriname uma empresa estatal e planeja reduzir a capacidade adicional de refino.