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CNI: indicadores industriais melhoram, mas desaquecimento "ainda é expressivo"

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O indicador de produção da indústria brasileira mostrou leve melhora em setembro, com 49,7 pontos, em comparação com o mês anterior, quando ficou em 48,2 pontos. Os dados foram divulgados hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e fazem parte da Sondagem Industrial do setor. Os indicadores variam de 0 a 100, com valores abaixo de 50 revelando piora na expectativa.

O indicador de estoques efetivos em relação ao planejado baixou de 52,2 pontos para 51,3 pontos na mesma comparação. Já a utilização da capacidade instalada efetiva em relação a usual aumentou pelo quarto mês seguido e ficou em 42,5 pontos. No entanto, como o valor está abaixo dos 50 pontos, o indicador é avaliado pela CNI como abaixo do usual.

“Houve alguma melhora na situação atual, mas não reflete melhoras das expectativas ainda nos próximos meses. Houve leve redução na ociosidade também”, disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI. Para Marcelo Azevedo, no entanto, o resultado é “uma notícia mais positiva do que as outras” observadas em 2014. Ele destaca também que o desaquecimento da indústria diminuiu mas ainda é expressivo.

Sobre a satisfação dos empresários com o lucro operacional houve aumento (de 39,3 para 41,2 pontos) do segundo trimestre para o terceiro trimestre. Já em relação à situação financeira, passou de 44,6 para 45,9 pontos na mesma comparação.

No caso do acesso ao crédito, o indicador recuou de 38,3 pontos para 37,6 pontos, com aumento da matéria-prima do segundo para o terceiro trimestres. Neste último caso, o indicador do preço médio das matérias-primas, que também é avaliado trimestral, passou de 58,9 pontos no segundo trimestre para 61,6 pontos.

A sondagem industrial foi realizada entre os dias 1º e 10 de outubro com 2.112 empresas, sendo 838 de pequeno porte, 751 de médio e 523 de grande porte.