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Moody's corta nota de crédito da Petrobras

Decisão se deve ao alto grau de endividamento da empresa

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A agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating global em moeda estrangeira e local da Petrobras de Baa1 para Baa2 e manteve a perspectiva negativa. Segundo a agência, o rebaixamento reflete a alta alavancagem financeira da Petrobras e a visão de que ela vai diminuir significativamente apenas depois de 2016, tendo em vista as pressões negativas sobre os preços do petróleo e sobre a moeda local, bem como os altos compromissos de investimentos.

"Embora a Petrobras tenha sido relativamente bem-sucedida na execução de seu ambicioso programa de capital e tenha atingido metas de produção agressivas, a alavancagem continua crescendo em 2014, tendo em vista principalmente sua incapacidade de repassar os custos relacionados aos derivados de petróleo importados, à desvalorização da moeda local e ao agressivo programa de investimentos", afirmou Nymia Almeida, vice-presidente de crédito da Moody’s.

Os ratings da Petrobras poderão ser rebaixados se a alavancagem financeira aumentar e for sustentada por uma proporção entre dívida e Ebitda acima de cinco vezes ou se o crescimento da produção cair abaixo das metas, segundo a Moody's. Um rebaixamento do rating soberano do Brasil também pode pressionar a classificação da empresa.

A agência afirmou que não vê uma elevação dos ratings da Petrobras no curto a médio prazo. "No longo prazo, porém, poderá haver uma elevação se houver redução da alavancagem e um aumento na produção lucrativa e nas reservas, em conjunção com um rating soberano mais alto".