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Rosenberg Associados: análise econômica prevê crescimento inferior a 1,8%

Se houver falta de água, como Dilma afirmou, país irá a nível negativo

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O Jornal do Brasil publica análise da Rosenberg Associados, premiada na quarta-feira (28) no Ranking Broadcast Projeções 2013, pelo jornal Estado de S. Paulo, como empresa que conseguiu fazer as previsões mais acertadas sobre a economia. 

Se os números forem esses apresentados e se houver falta ou racionamento de energia, o crescimento econômico do país descerá a nível inferior a 1,8%.

Se faltar água em São Paulo, como afirmou a presidente Dilma Rousseff, o país irá a nível negativo.

>> Confira mais dados da análise da Rosenberg Asssociados

Veja, a seguir, a análise da Rosenberg Associados:

Expressiva deterioração da confiança impõe viés de baixa sobre perspectiva do PIB

Segue a pleno vapor o processo de derretimento da confiança.

Na semana passada, tivemos a divulgação do Índice de Confiança do Consumidor da FGV, que  voltou a recuar em maio – mais expressivamente, desta vez (-3,3% em relação a abril). Com isso, atingiu 102,8 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (99,7). O Índice da Situação Atual caiu -3,9%, para 107,2 pontos, o menor desde maio de 2009 (103,0), ao mesmo tempo em que o Índice de Expectativas recuou pelo sexto mês seguido (2,9%), para 100,6 pontos, o mais baixo desde março de 2009 (97,6).

Da mesma maneira, hoje tivemos a divulgação dos índices de confiança da indústria e dos serviços, ambos em queda.

O Índice de Confiança de Serviços da FGV recuou 5,7% frente a abril, a maior queda pontual desde dezembro de 2008 (-13,8%). Ao passar de 113,3 para 106,8 pontos, o índice chega ao menor nível desde abril de 2009 (103,5). A piora foi determinada pela tanto do Índice da Situação Atual (-4,6%) como do Índice de Expectativas (-6,6%), sendo que este registrou a quinta queda consecutiva, para 120,5 pontos, o menor nível desde março de 2009 (115,3).

Por fim, o Índice de Confiança da Indústria da FGV recuou 5,1% entre abril e maio de 2014, ao passar de 95,6 para 90,7 pontos. O resultado aprofunda o distanciamento do índice em relação à média histórica, de 105,5 pontos, ao registrar a maior variação negativa na margem desde dezembro de 2008 (-9,2%). Houve deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes: Índice da Situação Atual  caiu 5,1%, para 92,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 5,0%, para 89,2 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada avançou 0,2 ponto percentual, ao passar de 84,1% em abril para 84,3% em maio. A aparente contradição entre a piora de percepção e o aumento da utilização da capacidade possivelmente pode ser explicada, ao menos em parte, por uma expansão menor da capacidade instalada. De qualquer modo, a piora do ambiente de negócios, captada por todos os quesitos integrantes da pesquisa, sinaliza desaceleração da atividade no setor e aumento do pessimismo em relação à possibilidade de reversão da tendência nos próximos meses.

Em suma, os indicadores de confiança têm evidenciado que, se a economia desacelerou no primeiro trimestre, não há sinais de recuperação neste segundo trimestre e as perspectivas para a segunda metade do ano permanecem bem pouco animadoras. Isso reforça nosso viés de baixa sobre a projeção de PIB no ano, atualmente em 1,8%.