Dados do International Institute for Management Development (IMD), divulgados nesta quinta-feira, revelam que o Brasil perdeu três posições no ranking mundial de competitividade em 2014, com piora da eficiência das empresas brasileiras em um ambiente de inflação elevada e baixa performance no comércio exterior. Nos últimos quatro anos, o país perdeu 16 posições.
De acordo com o Índice de Competitividade Mundial 2014, o país passou para o 54º lugar no ranking geral composto por 60 países, ficando à frente apenas de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. A liderança pertence aos Estados Unidos.
A piora da eficiência das empresas brasileiras foi apontada como a principal causa do recuo no ranking deste ano. O destaque ficou com produtividade, onde o Brasil é o segundo pior país do ranking, à frente apenas da Venezuela.
Segundo o relatório do IMD, o ambiente institucional e regulatório também continua afetando o desempenho do Brasil. "O país está entre os piores ambientes para se fazer negócios no mundo, com alta carga tributária direta e indireta, taxas de juros de curto e longo prazos que desestimulam o investimento na produção e no crescimento das empresas", informou o relatório.
O comércio exterior também impactou o Brasil. O país ficou na última posição no indicador que mede o comércio em relação ao PIB, em meio ao declínio de exportações para Argentina, União Europeia e Estados Unidos e aumento de importações da China, conforme o relatório.
Apesar do mau desempenho no geral, o IMD citou pontos positivos da economia brasileira, como o tamanho do mercado doméstico, atração de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) e o mercado de trabalho.