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Washington Post: coluna aponta fracasso dos BRICS

Segundo Moisés Naím, o melhor lugar para se investir ainda é nos Estados Unidos

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O jornal norte-americano Washington Post publicou uma coluna de opinião na última quinta-feira (1), escrita por Moisés Naim, discutindo o poder dos BRICs. Naim afirma que investir nos países do grupo (Brasil, Rússia, Índia e China) parecia uma boa ideia quando eles estavam crescendo rapidamente, mas que se tornou claro que as nações têm pouco em comum. 

Brasil e Índia têm diferentes desafios políticos domésticos, China e Rússia estão perseguindo diferentes estratégias de desenvolvimento e o papel geopolítico da China é muito mais complicado do que o de qualquer um dos outros países. O texto alerta que, agora que os BRICs entraram em um caminho áspero, a sedução pela rapidez do crescimento dessas economias evaporou. 

Naím aponta que banqueiros e consultores já criaram novos grupos, como o CIVETS (Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul), o CARBS (Canadá, Austrália, Rússia, Brasil e África do Sul) e o MINT (México, Indonésia, Nigéria e Turquia). Por sua vez, foi recriado o N-11 (Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia, Coreia do Sul e Vietnã). A retórica é familiar, segundo o autor. Os países do CIVETS são abençoados com economias diversas e dinâmicas. As nações do MINT aproveitam de uma demografia favorável por pelo menos 20 anos. O N-11 poderia ser um rival do G7 em termos de crescimento econômico.

A coluna defende que essas categorias refletem um inteligente marketing e pacotes de produtos financeiros, em vez de originalidade analítica ou investimentos astutos. O maior laço que as nações dividem é que suas economias são tão voláteis como suas políticas. Naím acredita que o melhor lugar para se investir ainda é nos Estados Unidos.