ASSINE
search button

Standard espera ajustes na política fiscal brasileira após eleições

Agência destaca que não vê novo rebaixamento para o país

Compartilhar

Depois de ter rebaixado a nota do Brasil, de BBB para BBB-, nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) disse hoje que espera alguns pequenos ajustes na política fiscal brasileira após as eleições de outubro, mas não uma reversão rápida na tendência de deterioração das contas públicas. 

Em uma teleconferência, Lisa Schineller, analista da S&P responsável pelo Brasil, afirmou que esses riscos fiscais já estão embutidos no rating e perspectivas atuais. Ela reafirmou também que o Brasil é consistente com o grau de investimento. 

>> Agência de risco Standard & Poor's rebaixa nota do Brasil

>> Rebaixamento da nota do Brasil: quem lê o 'JB' já sabia

>> BC: Brasil responde de forma robusta a desafios internacionais

>> Fazenda: rebaixamento é inconsistente com a economia brasileira

>> Standard & Poor’s também reduz nota de Petrobras e Eletrobras

>> Queda da nota não leva em conta cenário atual da economia, diz Humberto Costa

>> Mídia internacional repercute nota do Brasil

>> Ideli critica Standard & Poor's e diz que números da economia são sólidos

>> Apesar de rebaixamento da nota brasileira, dólar fecha em queda 

>> Ações da Vale puxam alta da Bovespa nesta terça-feira

A Standard & Poor's indicou que não vê novo rebaixamento para o Brasil, destacando que isso só acontecerá se os indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo romper seu compromisso com políticas pragmáticas.

"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando", disse Lisa Schineller.

Ela reafirmou que os sinais da política econômica são "mistos" e, por isso, a agência trabalha com uma perspectiva de crescimento fraca. Segundo ela, o rebaixamento não se deveu a um só fator e, sim, a uma combinação de indicadores mais fracos.

Segundo a S&P, outros riscos para o Brasil são o setor de energia, a inflação e o julgamento de eventual correção da poupança por conta de planos econômicos. “É importante ressaltar que a perspectiva [da nota] é estável. Vimos ajustes na economia e damos valor a isso, como a subida dos juros pelo Banco Central”, ponderou.