A queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e o aumento da procura por dólar nesta semana foi o reflexo da preocupação do mercado com o possível rebaixamento da nota do Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco. O Jornal do Brasil vem alertando seus leitores há tempos sobre essa possibilidade em várias matérias publicadas ao longo do ano passado. No dia 13 de novembro, o JB publicava a matéria “Rumos da economia brasileira preocupam mercado”, que chamava atenção para essa possibilidade.
A matéria destacava a gestão de duas das maiores empresas estatais do país, a Petrobras e a Eletrobras desestabilizadas financeiramente e com enormes prejuízos para a grande massa de seus acionistas minoritários. O texto afirmava que “Não se pode dizer que o país esteja à beira da falência, como vários países europeus, inclusive a França, que acaba de ser rebaixada pelas agências de classificação de risco. Mas é evidente que o Brasil não está a salvo de um possível rebaixamento, como já tem sido anunciado e pode ser visto pela evolução do "Risco Brasil", que já subiu do índice 135, em janeiro deste ano para mais de 230 no segundo semestre, até novembro”.
Anteriormente, o JB já havia alertado os leitores para o aumento do dólar, em outubro do ano passado, por conta da dada pela Moody’s que colocou a classificação de risco do Brasil em perspectiva "estável", ante "positiva", citando a deterioração da relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), o nível dos investimentos e o fraco crescimento. O Banco Central entrou forte no mercado e vendeu 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O BC anunciou ainda nessa época um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra. A oferta foi de até US$ 1 bilhão, com data de recompra em dezembro de 2013 e até 2 de julho de 2014.
Mais para trás ainda, a mesma expectativa de rebaixamento do Brasil havia provocado a queda da Bovespa e aumento do dólar. A cena que se repete agora já tinha ocorrido em 13 de março do ano passado. Ou seja, o “déjà vu” do rebaixamento do rating brasileiro vem mantendo uma tensão sobre o mercado há praticamente um ano. Veja abaixo os links das matérias:
https://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2013/11/13/rumos-da-economia-brasileira-preocupam-mercado/