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Empréstimos do BNDES para Oi já somam R$ 6,9 bi

Banco tem cerca de 17% do capital da empresa

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A recusa do BNDES em participar do novo socorro à operadora de telefonia Oi, dessa vez capitaneado por bancos privados, conforme noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, não significa que o banco esteja fechando suas portas para a empresa, pelo contrário. Desde o início de suas operações até hoje, a Oi obteve do BNDES R$ 6,9 bilhões em empréstimos, o que representa aproximadamente 23% do total de sua dívida de R$ 30 bilhões.

O fato do BNDES não querer participar da nova ajuda a empresa significa na verdade que sua participação não deverá aumentar ainda mais, colocando na companhia mais dinheiro público. Além dos financiamentos, o banco tem ainda cerca de 17% do capital da empresa. Em 2008, foi feito um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para capitalização da empresa, sendo que R$ 1,3 bilhão foi entregue diretamente aos acionistas controladores majoritários, a Andrade Gutierrez e a La Fonte. No ano seguinte, foram mais R$ 5,4 bilhões para bancar o plano de reestruturação da empresa. Mais recentemente, foi feito novo aporte dessa vez para aumento de capital, no total de R$ 2 bilhões.

Outro banco estatal que também vem fazendo aportes na Oi é o Banco do Brasil que já emprestou à operadora R$ 4,3 bilhões que foram usados na aquisição de outra operadora, a BrT, dentro da política do governo – já abandonada – de estimular a formação de grandes multinacionais totalmente brasileiras. No total, a Oi tem em financiamentos públicos R$ 14,2 bilhões, o que representa 47% do total da dívida da empresa de R$ 30 bilhões.

A operação com os bancos privados deverá levantar mais R$ 8 bilhões para completar a capitalização de R$ 14 bilhões definida na fusão com a Portugal Telecom. A empresa deverá usar parte dos recursos para fazer a suas dívidas de curto e médio prazo.