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Moody's: desaceleração do crescimento do Brasil é risco moderado para AL

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O baixo crescimento econômico do Brasil nos últimos anos tem implicações limitadas nas economias de outros países da América Latina, segundo análise divulgada nesta segunda-feira pela Moody's Investors Service. Segundo a agência de classificação de risco,  o possível "contágio" da desaceleração do Brasil será limitado, já que são poucos os países com fortes laços econômicos com o país, e estas relações são, em sua maioria, de caráter comercial. 

Na região, segundo a agência, só quatro países estão particularmente expostos: Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai, segundo o relatório divulgado pela Moody's.

De acordo com a agência, uma maior abertura econômica aumenta a exposição de um país a choques comerciais. Entre os países com um nível de abertura econômica relativamente alto se encontram Paraguai e Bolívia, seguidos por Uruguai e Argentina.

"Sob uma perspectiva do crédito, a importância do baixo crescimento econômico no Brasil para os países que identificamos como mais vulneráveis dependerá de quanto fracas, ou robustas, sejam suas perspectivas de crescimento", diz Jaime Reusche, analista da Moody's.

Por exemplo: uma vez que a taxa de crescimento da Argentina caiu cerca de 2% a 3%, o fraco desempenho do Brasil poderia afetar negativamente uma dinâmica de crescimento já debilitada.

No caso do Uruguai, que aponta para um crescimento de 4%, a desaceleração no Brasil só reforçaria a tendência já existente de moderação nesse crescimento.

Já na Bolívia e Paraguai, os choques comerciais no Brasil não ocasionariam necessariamente um  ajuste abrupto na dinâmica de crescimento.