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Salário mínimo deveria ser de R$ 2.765 para pagar cesta básica, diz Dieese

Preço dos alimentos também subiu em 2013, encarecendo a cesta

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A Pesquisa Nacional da Cesta Básica registrou em 2013 um aumento em todas as 18 capitais em que o estudo acontece, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com isso, o departamento calculou quanto deveria ser o salário mínimo no país com base na cesta básica de Porto Alegre, que registrou o maior aumento em dezembro, custando R$ 329,18. Pela lei, o salário mínimo deve ser capaz de suprir a despesa do trabalhador e sua família. Com isso, o Dieese mostrou que o menor salário pago deveria ser de R$ 2.765,44, quase quatro vezes maior do que o que está em vigência atualmente, de R$ 724,00.

Em nove dos locais da pesquisa, o crescimento do valor da cesta básica foi acima de 10%. As maiores elevações aconteceram em Salvador, com 16,74%, Natal, com 14,07% e Campo Grande, que registrou aumento de 12,38%. Já os menores crescimentos ocorreram em Goiânia e Brasília que ficaram, respectivamente, com 4,37% e 4,99%.

A jornada de trabalho necessária para se pagar os alimentos essenciais de um trabalhador que receba o salário mínimo deveria ser de 94 horas e 47 minutos, pelo resultado das médias das capitais brasileiras em dezembro de 2013.

O único produto da cesta que registrou diminuição de preço em todos os locais pesquisados foi o óleo de soja, com queda de 27,10% em Curitiba e 13,66% em Natal.

Já o leite, a farinha de trigo, a banana, o pão francês e a batata aumentaram seus preços em todos os locais do estudo. A maior alta do leite aconteceu em Belém, registrando 28,24% e a farinha em Florianópolis, com 67,06%. O pão francês e a batata aumentaram respectivamente, em 24,17% em Campo Grande e 45,60% em Porto Alegre, enquanto o maior aumento da banana foi de 73,89% em Natal.