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Acionistas minoritários vão questionar acordo da OGX

Alegação é de que a negociação não tem legitimidade

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O acordo que a OGX, petrolífera de Eike Batista, estaria para fechar com os credores internacionais para refinanciar uma dívida de US$ 5,8 bilhões, deverá ser questionado na justiça brasileira pelos acionistas minoritários. Esse entendimento, de acordo com informações preliminares, será extremamente danoso para os acionistas, que poderão enfrentar um processo de redução e diluição que têm no capital da empresa. Pelo acordo, osa credores seriam donos de 90% da OGX e caberia aos demais acionistas os restantes 10%.

“Não demos procuração para os credores negociarem em nosso nome”, afirmou o economista Aurélio Valporto, um dos acionistas minoritários da OGX que faz parte de um grupo que está entrando na Justiça com ação contra Eike Batista por ter levado a empresa à falência. Além disso, o grupo pretende ainda acionar a Comissão de Valores Mobiliários e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) por omissão na fiscalização da OGX. “No dia 7 de junho a empresa fez uma apresentação institucional na qual mostrava boas perspectivas para o campo de Tubarão Azul e depois, quando as ações começaram a despencar informa que não havia petróleo lá? Houve manipulação de mercado”, afirma Valporto.

De acordo com Aurélio Valporto, os minoritários vão aguardar mais informações sobre o acordo que está sendo negociado com os credores internacionais para entrar com uma nova ação. A OGX obteve a recuperação judicial no dia 21 de novembro e, na época, declarou uma dívida total de R$ 11,2 bilhões. O grupo EBX, holding das empresas de Eike, possui uma dívida com o BNDES de cerca de R$ 10 bilhões. O banco, no entanto, afirma que possui garantias para evitar um calote desse montante.