A 1ª Rodada do Pré-Sal teve nove pagantes da "garantia de oferta" de R$ 156 milhões, de um total de onze empresas inscritas. Hélder Queiroz, diretor da Agência Nacional de Petróleo, não revelou o nome das duas petroleiras que não pagaram, já que isso pode afetar a estratégia comercial das empresas, mas se revela otimista em relação à disputa após o depósito das garantias. "É possível ter um leilão mais competitivo. A possibilidade de apenas um consórcio está descartada; existem dois ou três pelo menos", explicou em seminário do grupo de Economia de Energia da UFRJ. Essa era uma preocupação do governo, já que gigantes como Chevron e BP ficaram de fora da 1ª Rodada.
O pagamento é necessário porque, caso a petroleira ou o consórcio vencedor não assinem o contrato, o valor será executado pela ANP. A confirmação de que as onze petroleiras estão aptas a participar do leilão, mesmo que duas não tenham pago a garantia, indica que ao menos um consórcio pode já ter sido organizado. "Nove pagaram, mas todas as onze poderão participar porque a garantia de oferta pode ser paga pelo líder do consórcio", disse Hélder. Em resposta oficial da ANP, não há números previstos: "os consórcios são feitos na hora. As pessoas só podem fazer estimativas".
Em apresentação do estudo Zoneamento Nacional de Recursos de Óleo e Gás, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também demonstrou estar otimista. "Os depósitos feitos pelas petroleiras nos dão a previsão de dois a quatro consórcios disputando o campo de Libra", afirmou.
*Do programa de estágio do Jornal do Brasil