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Mantega diz que situação das empresas do grupo EBX 'arranha' reputação do país

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que a situação das empresas do grupo EBX, de Eike Batista, que podem entrar com pedido de falência nas próximas horas, "arranha a reputação do país". "A situação da OGX já causou um problema para a imagem do país e para a Bolsa de Valores, que teve uma deterioração de 10% em função dessas empresas”, afirmou.

Para Mantega, as empresas precisam de uma solução de mercado. “Não é o governo que vai fazer alguma coisa, e eu espero que eles consigam se ajeitar o mais rápido possível”, disse o ministro.

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Ao participar da abertura do 10º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas, Guido Mantega falou também sobre possíveis cortes de despesas pelo governo dos Estados Unidos, medida que, segundo ele, traria impactos negativos para o Brasil. De acordo com o ministro, o Congresso norte-americano, que vota nesta semana o aumento do teto da dívida, não deveria exigir que o governo corte despesas, pois isso poderia prejudicar o crescimento da economia por lá.

“Para nós, seria melhor que não houvesse essa limitação e que o governo americano estivesse fazendo, não só a política monetária, mas também a política fiscal expansionista. Aí, sim, o PIB americano ia crescer 2,5% ou 3%, e [o país] estaria importando mais produtos do Brasil, da Europa, da China”, explicou. “Este seria o melhor cenário”.

O ministro afirmou também que os gastos do Brasil com juros estão caindo, mas que poderiam ser reduzidos ainda mais. "Hoje, gastamos 4,7% do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] com juros, que é algo que pouquíssimos países fazem. Alguns países avançados passaram a fazer isso por causa da crise, mas, normalmente, ninguém gasta mais que 1,5% ou 2% do PIB com juros".

Mantega ressaltou que o Brasil, que já chegou a gastar 8% do PIB com juros, deverá criar condições para gastar cada vez menos. Ele defendeu que a aplicação do dinheiro economizado em investimento e educação.

Com Agência Brasil