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Vendas no varejo crescem 0,5% em junho, revela IBGE

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Nesta quarta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que em junho, o comércio varejista do país registrou crescimento de 0,5% no volume de vendas e de 0,9% para a receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, trata-se do terceiro resultado positivo consecutivo e, para a receita nominal, representa o 13º mês de taxas positivas. Quanto à média móvel, o volume de vendas obteve variação de 0,4%, enquanto a receita apresentou taxa de crescimento de 0,8%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 1,7% sobre junho do ano anterior e de 3,0% e 5,5% nos acumulados dos seis primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 9,9%, 11,3% e de 11,9%, respectivamente.

Nos resultados de junho sobre o mês anterior, seis das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram os seguintes: Móveis e eletrodomésticos (1,8%);Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,0%); Veículos e motos, partes e peças (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,9%); Material de construção (0,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados com -1,4%.

Na relação junho de 2013 contra junho de 2012 (série sem ajuste), para o varejo, cinco das oito atividades apresentaram resultados positivos. Os resultados, por ordem de importância na formação da taxa global, foram os seguintes: 8,2% para Combustíveis e lubrificante; 7,8% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 6,6% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 2,9% para Móveis e eletrodomésticos; 6,8% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -3,0% para Livros, jornais, revistas e papelaria; Tecidos, vestuário e calçados com -3,2% e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com -0,8%.

Analisando os resultados do varejo, por ordem de importância das atividades na taxa global, tem-se que o segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de 8,2% no volume de vendas em relação a junho de 2012, foi responsável pela maior contribuição da taxa do varejo (48%). Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação chegou aos 6,2%, e nos últimos 12 meses a 7,5%. Atribui-se este comportamento à variação de preços dos combustíveis (3,5% do item combustíveis no acumulado dos últimos 12 meses, contra 6,7% do índice geral, segundo o IPCA).

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (43%), com variação de 7,8% no volume de vendas em relação a junho de 2012. Em termos acumulados, a taxa para o primeiro semestre do ano foi da ordem de 9,8% e para os últimos 12 meses, de 10,3%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a terceira maior participação na taxa global do varejo (26%), apresentou crescimento de 6,6% na comparação com junho do ano passado e taxas acumuladas de 8,6% no semestre e de 9,1% para os últimos 12 meses. A expansão da massa de salários1 e a essencialidade dos produtos comercializados são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.

Móveis e eletrodomésticos, com alta de 2,9% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, foi responsável pela quarta maior contribuição da taxa global do varejo (20%). A atividade vem apresentando taxas de crescimento positivas devido à política de incentivo do governo ao consumo, através da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para móveis e eletrodomésticos. Entretanto, estas taxas têm apresentado variações cada vez menores no tempo. No acumulado do ano a taxa foi de 3,8% e nos últimos 12 meses, de 7,2%.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela quinta maior contribuição ao resultado global, obteve acréscimo no volume de vendas, em junho, da ordem de 6,8% sobre igual mês do ano anterior e taxas acumuladas no semestre de 3,7% e nos últimos 12 meses de 1,3%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se o aumento dos preços de produtos que compõem a atividade, que até fevereiro apresentaram deflação.

Para finalizar, com variação de -0,8% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, passou de maior contribuição em maio para a menor contribuição no índice geral em junho. Em termos de acumulados, a taxa para os primeiros seis meses do ano foi de 0,3% e para os últimos 12 meses, de 3,9%. Explica esse resultado a alta dos preços do segmento nesses últimos doze meses (13,6% no subgrupo Alimentação no Domicílio do IPCA).