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Banco Central decreta liquidação do Banco Rural

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O Banco Central do Brasil decretou nesta sexta-feira (02/08) a liquidação extrajudicial do Banco Rural S.A., com sede em Belo Horizonte, devido ao comprometimento da sua situação econômico-financeira e da falta de um plano viável para recuperação. Ex-dirigentes do banco mineiro foram condenados pelo esquema mensalão. Os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição ficam indisponíveis, reforça o BC.

O ato considera as demais empresas do Conglomerado Financeiro Rural, que são o Banco Rural de Investimentos S.A.; o Banco Mais S.A.; o Banco Simples S.A.; e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

De acordo com o Banco Central, em março deste ano, o Conglomerado Financeiro Rural detinha apenas 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro. "O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes", diz o Banco Central em nota.

Ex-dirigentes do Banco Rural foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado, pelo envolvimento no esquema mensalão. Para o STF, Kátia Rabello, acionista e ex-presidente do Banco Rural, e os vice-presidentes José Roberto Salgado e Vinicius Samarane seriam os responsáveis por conceder empréstimos fictícios ao PT e ao grupo de Marcos Valério. Kátia, bailarina que havia assumido o cargo com a morte da irmã Júnia Rabello, e Salgado foram condenados a 16 anos e 8 meses por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Eles recorreram e os recursos entrarão em julgamento no dia 14 de agosto.