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Financial Times destaca hoje o movimento Volta Lula

Ojornal britânico aponta os motivos para essa volta

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O jornal britânico Financial Times destaca em sua edição desta segunda-feira (22/7) as especulações em torno da possibilidade do ex-presidente Lula concorrer novamente à Presidência da República no lugar de Dilma Rousseff pelo PT em 2014. O jornal ressalta que a queda da popularidade de Dilma, as manifestações que ocorreram no país em junho e a boa aceitação de Lula, de acordo com as últimas pesquisas, estão fortalecendo o movimento “Volta Lula”. A reportagem afirma, no entanto, que o PT rejeita esse movimento e confirma Dilma como candidata do partido.

O FT apresenta Dilma como tecnocrata taciturna, criticada por uma postura intervencionista na economia e mais preocupada com os afazeres no Palácio do Planalto do que nos palanques fazendo política. O Financial Times aponta os números divulgados pelo jornal Estado de SP, mostrando o ex-presidente Lula com 41% da preferência dos eleitores contra 30% de Dilma. O carisma de Lula, diz o jornal, cativa a população contrastando com o jeito duro da presidente. A matéria destaca ainda que Lula não completou a escola primária, mas consegue se comunicar facilmente com todos os níveis da sociedade brasileira e internacional, das favelas à Casa Branca.

O jornal destaca ainda que outros candidatos em 2014, políticos de oposição, estão ganhando força na disputa eleitoral, como a ex-senadora Marina Silva, do PV que conta hoje com 22% da preferência dos eleitores, contra 12% em março. O presidente do partido de centro-direita PSDB, Aécio Neves, afirma o jornal, passou de 9% para 13% nas pesquisas mais recentes.

De acordo com o jornal, o estilo de Dilma foi bem recebido de início, logo após as eleições. Após dois anos e meio de governo, diz o FT, o povo brasileiro se pergunta se ela realmente tem condições de conduzir o processo político num momento de dificuldade que o país está passando. Por fim, o jornal afirma que, apesar da queda de sua popularidade, Dilma é a candidata mais forte para vencer as eleições do próximo ano.