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Banco Econômico deve R$ 18 bilhões ao Banco Central

Recursospoderiam beneficiar milhares de brasileiros

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O Banco Econômico, em processo de liquidação extrajudicial, acumula uma dívida de R$ 18,1 bilhões com o Banco Central. Esse montante seria suficiente para construção de moradias para cerca de 250 mil famílias, no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida, beneficiando aproximadamente um milhão e trezentas mil pessoas.

Apesar da dívida com o BC, cujos recursos poderiam estar sendo usados em programas sociais, o controlador do Banco, Angelo Calmon de Sá - até o momento em liberdade - entrou na Justiça para contestar os valores devidos e ainda tentar recuperar cerca de R$ 4 bilhões. O Banco Central, por meio de sua Procuradoria Geral, conseguiu contestar todas as ações apresentadas à Justiça pelo Econômico e evitou que fossem devolvidos ao Banco R$ 14,6 bilhões.

Condenado a 13 anos de reclusão, por gestão fraudulenta de instituição financeira, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o banqueiro Angelo Calmon de Sá, ex-controlador do Banco Econômico, obteve uma redução da pena relativa à gestão fraudulenta, passando para quatro anos e dois meses em regime semiaberto.

Antes da bancarrota, Calmon de Sá financiava campanhas políticas e mantinha suas doações na famosa “Pasta Rosa”, achada por acaso pelo gestor nomeado pelo Banco Central após a decretação da intervenção no Banco Econômico. O dossiê servia para chantagear importantes e poderosos políticos baianos que recebiam dinheiro para campanha. Após a decretação da liquidação de seu Banco, Calmon de Sá se recolheu em uma fazenda de sua propriedade e raramente aparece em público e muito menos dá qualquer declaração sobre sua condenação.