O pessimismo deve ser deixado de lado e as bolsas devem apresentar avanços nesta quinta-feira, influenciadas por notícias da Alemanha e dados corporativos. Diante deste cenário, os índices europeus e o indicador futuro das bolsas norte-americanas operam em campo positivo.
Por outro lado, as bolsas asiáticas encerraram o pregão em queda, puxadas pelas ações das companhias mineradoras. O crescimento menor que o esperado da economia chinesa no primeiro trimestre e a revisão para baixo nas projeções de crescimento mundial pelo FMI têm influenciado negativamente os preços das commodities nos últimos dias, impactando também as empresas correlatas. Com isso, a bolsa de Tóquio encerrou a sessão em baixa. O índice Nikkei perdeu 1,22%, aos 13.220,07 unidades.
Enquanto isso, na Europa, as bolsas sobem refletindo o leilão de títulos bem sucedido da Espanha e aos dados relacionados à Alemanha. Há pouco, o CAC-40, de Paris, registrava ganhos de 0,82%, aos 3.628 pontos. E o DAX, de Frankfurt, valorizava 0,42%, aos 7.534 pontos. E o índice FTSE-100, de Londres, apresentava alta de 0,33% aos 6.264 pontos.
Ontem, 17, os boatos de uma redução da nota da Alemanha afetaram as bolsas europeias. Mas, hoje, a agência de classificação financeira Moody's confirmou a nota "Aaa", a melhor possível, atribuída à dívida soberana da Alemanha, assim como a perspectiva negativa.
Além disso, a câmara dos deputados da Alemanha aprovou a ajuda ao Chipre por ampla maioria, assim como os resgates anteriores aos países da Eurozona em crise. A Alemanha contribuirá com € 3 bilhões do pacote de ajuda de € 10 bilhões que a Eurozona aprovou em 25 de março para salvar a pequena ilha da falência.
Na agenda da região foi divulgado que as vendas no varejo britânico recuaram 0,7% em março se comparadas ao resultado imediatamente anterior, segundo informações divulgadas pelo ONS, o Escritório de Estatísticas Nacional. O resultado veio acima do esperado por analistas que era uma baixa de 0,8%. O mês anterior a taxa apresentou avanços de 2,1%.
Em Wall Street, o indicador futuro das bolsas norte-americanas aponta para uma abertura em campo positivo. Mas, investidores aguardam a divulgação dos pedidos iniciais de auxílio desemprego semanal.
Aqui no Brasil, o Ibovespa deverá acompanhar o cenário externo.
Vale destacar que ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% a.a., sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25% a.a.
E abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado para reajustar contratos de aluguel, registrou no segundo decêndio de abril variação de 0,28%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,24%.
Por fim, no mercado de câmbio, as principais moedas devem apresentar valorização em relação ao dólar.