No primeiro dia de pregão após o corte da nota de crédito da OGX pela Standard & Poor’s (S&P), as ações ordinárias da empresa de petróleo de Eike Batista caíram 11,71%, ficando abaixo dos R$ 2 e traçando nova mínima histórica. No ano, os papéis da petrolífera de Eike Batista acumulam queda de 55%. Já o Ibovespa registrou queda de 1,65%, aos 54.648 pontos.
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De acordo com reportagem publicada no Valor Econômico desta quinta-feira (05), “a S&P rebaixou a nota de crédito da empresa de ‘B’ para ‘B-’, devido a preocupações com a maturação dos projetos da companhia e de seu perfil de liquidez restrito. A perspectiva é negativa, o que indica que a agência de classificação de risco vê possibilidade de novos rebaixamentos no médio prazo”.
“Apesar de a companhia não ter vencimentos de dívida significativos até 2018, esperamos que ela queime todo seu caixa durante 2013”, afirmaram os analistas da S&P em nota ao Valor.
Bonus
Ainda de acordo com a reportagem, “no mercado externo os solavancos com os bônus da OGX não são sentidos da mesma forma que na bolsa brasileira”. Os títulos da dívida com vencimento em 2018 operam com preço ao redor de 80% do valor de face.
A matéria afirma que “segundo operadores deste mercado no exterior, o comunicado recente da S&P não deve impactar tanto este mercado”. O cenário seria pior caso a nota da empresa tivesse sido rebaixada ainda mais e atingisse niveis especulativos, uma vez que muitos investidores mantêm apenas papéis de bônus com notas mais altas.
"A nota “B-” está na metade da escala considerada como grau especulativo pela S&P: há cinco degraus a separando do grau de investimento e outros cinco, do calote", explica a reportagem do Valor.
Analistas ouvidos pela reportagem sugerem que o resultado de hoje mostra as dificuldades que a OGX tem enfrentado. Consideraram, no entanto, que o movimento de hoje teria sido exagerado: "qualquer notícia negativa em relação à OGX é suficiente para provocar uma nova corrida dos papéis" disse um operador ao Valor.
A reportagem diz ainda que a queda de hoje fez com que a corretora Futura recomendasse a compra dos papéis da petrolífera para clientes com perfil mais agressivo. O motivo seria a expectativa de que a companhia reforce o caixa com a venda de ações referentes a alguns dos seus blocos de exploração em campos de petróleo.
A matéria cita os títulos da OSX para 2015, que operam com apenas um ponto percentual abaixo de ontem. “Esses papéis, entretanto, são bem menos líquidos que aqueles da OGX”, diz a reportagem.