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BC vê risco de alta inflação em 2013, mas promete medidas

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Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mostrou preocupação com o aumento de preços em 2013. Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na manhã desta terça, Tombini alertou que a inflação tem se mostrado "resistente" nos últimos meses - ou seja, ainda há fatores que pressionam os preços para cima -, mas garantiu que a autoridade monetária está acompanhando a situação e vai agir, se necessário.

"A inflação está sob controle, mas há riscos à frente. Vemos uma volta ao longo dos meses da inflação, mas é um quadro de inflação que o BC está olhando com cuidado. Estamos acompanhando as condições macroeconômicas de perto para avaliar nossas ações. Na visão do BC, a inflação tem mostrado resistência nos últimos meses. Estamos acompanhando com cuidado para avaliar necessidade de adoção de outras medidas no combate à inflação no período à frente", disse o presidente do BC, sem detalhar que medidas podem ser tomadas para reduzir a inflação.

Segundo Tombini, os principais fatores que pressionam os preços são os serviços e os alimentos. No caso deste último, houve uma queda nos preços no atacado, mas a inflação do setor de serviços impede que a redução chegue plenamente ao consumidor. "O recuo no preço no atacado dos alimentos ainda não passou para o consumidor, e isso se deve a custos de serviços, como o frete. Gostaríamos que já estivesse mais claro esse recuo da inflação agrícola para o consumidor", afirmou.

No ano passado, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial, ficou em 5,84%, acima da meta perseguida pelo governo, que é de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância, que vai de 2,5% a 6,5%. Em 2013, a autoridade monetária acredita que a inflação vai subir 5,7%. Já no ano que vem, ela deve recuar para 5,3%, segundo previsões do BC.