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OGX tem preço-alvo rebaixado por 4 bancos em pregão 

O setor petrolífero contribuiu fortemente para o recuo da Ibovespa e ações da OGX despencam

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Uma agenda fraca e poucas oscilações marcaram o pregão no Brasil e ao redor do planeta nesta terça-feira (12). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia em leve queda, de 0,52% aos 58.208 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,41 bilhões. 

"Este número negativo acontece justamente porque não havia um conjunto de eventos que justificasse outra coisa a não ser acompanhar os mercados externos, que fecharam na estabilidade de um modo geral", analisa Pedro Paulo Silveira, economista da TOV Corretora. 

O setor petrolífero contribuiu fortemente para o recuo. As ações da OGX Petróleo despencaram 1,51%, segundo menor patamar de preços desde a abertura do capital. A empresa do bilionário Eike Batista já acumula perda de 16% em apenas dois dias. 

As quedas ainda repercutem o anúncio, na manhã desta segunda-feira (11), de uma diminuição na produção média de fevereiro da empresa. Com isso, ao menos quatro cortes de recomendações foram feitos por analistas em apenas dois dias. O banco Credit Suisse cortou o preço-alvo dos papéis da OGX, que ficaram em R$ 2,00. O Bank of America Merrill Lynch repetiu o processo e creditou em apenas R$ 1,00 o valor das ações da OGXP3 em 2013. O preço-alvo ainda foi cortado em mais da metade pelo Citti e UBS.

Dentro do setor, outro papel que influenciou negativamente o desempenho do Ibovespa foram as ações da Petrobras, que fecharam em baixa de 1%, após oscilarem durante todo o pregão. Apesar de apresentar uma leve recuperação nas últimas semanas, o Ibovespa ainda acumula perda de 4,5% no acumulado de 2013. A análise do Banco Fator em relação ao desempenho do índice em fevereiro parece se repetir também em março. 

Na época, o documento afirmava que a "bolsa brasileira continua sofrendo com cenário de incerteza. A Petro ON (ação nominal da Petrobras) sofreu demais com a nova politica de distribuição e atingiu o menor preço em 7 anos. O governo tem usado essas empresas para auxiliar na política econômica", afirma. 

Com intervenção do BC, dólar fecha com valorização de 0,26%

O dólar encerrou a terça-feira com alta de 0,26%. Com isso, a moeda norte-americana terminou cotada a R$ 1, 961 na compra e R$ 1, 963 na venda. O dólar esteve forte hoje, ante o euro e algumas das principais moedas estrangeiras, em um pregão de volume reduzido de negócios.

Segundo relatório da Lerosa Investimentos, após a intervenção do Banco Central de ontem, fica clara a preocupação do governo com a competitividade dos produtos nacionais. “O fundamento favorece o Real frente ao Dólar, porém o BC manterá a atuação no mercado de dívidas, evitando excessos nas cotações e defendendo um piso informal para o Dólar”, afirma.

Dow Jones registra 6º recorde consecutivo

Apesar do cenário de estabilidade geral, o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova Iorque, alcançou seu sexto recorde consecutivo no fechamento, ganhando 0,02%, enquanto o Nasdaq caiu 0,32%. 

"Estes recordes estão associados à política de juros 'zero' do FED (Federal Reserve System) e aos lucros corporativos que vieram bons. Assim, os mercados acionários globais viram as ações dos EUA como alternativa rentável, voltaram a investir. Daí se deu a recuperação para um patamar pré crise de 2007", analisa Pedro Paulo Silveira.

Segundo resultados provisórios do fechamento, o Dow Jones Industrial Average ganhou 2,77 pontos a 14.450,06 unidades, recorde absoluto no fechamento. O tecnológico Nasdaq caiu 10,55 pontos a 3.242,32 unidades.

Com Investimentos e Notícias