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País tem o pior número de geração de empregos em janeiro nos últimos 4 anos

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O Brasil criou em janeiro deste ano 28,9 mil empregos com carteira assinada, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Ministério do Trabalho. O número, por sua vez, representa uma queda consecutiva se compararmos o mesmo mês nos quatro últimos anos.

Dados disponíveis no Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET) mostram que comparando janeiro de 2012 com janeiro de 2013 houve uma queda de 75,7%. No ano passado, foram criadas 118.895 vagas formais de trabalho. Ou seja, mais de 90 mil vagas a mais. 

Em 2010, segundo dados do PDET, foram abertas 181.419 vagas para trabalhadores de carteira assinada. Isto é, seis vezes mais empregos do que este ano. 

Ainda de acordo com informações do Ministério do Trabalho, mesmo com a queda em comparação com os últimos anos, houve crescimento de 0,07% em relação ao estoque do mês anterior. Em janeiro, foram declaradas 1.794.272 admissões e 1.765.372 desligamentos no mês, maiores números para o período. 

Nos últimos 12 meses, foram abertos 1.163.847 postos de trabalho, expansão de 3,03% no nível de emprego. Entre janeiro de 2011 a janeiro de 2013, tomando como referência os dados da Relação Anual de Informação Social (RAIS), que abrange os celetistas e servidores públicos federais, estaduais e municipais, e do Caged, foram criados 3.586.753 empregos formais. 

Setores 

Apresentaram desempenho positivo em janeiro seis dos oito setores da economia. A Indústria da Transformação, com 43.370  postos, teve saldo superior ao registrado em janeiro de 2012 (+37.462) com origem na expansão de 11 dos 12 segmentos que a integram, um registrando recorde e dois com os melhores resultados para o período. 

O setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública registrou saldo recorde e a maior taxa de crescimento setorial com +4.285 postos de trabalho. A Construção Civil (+33.421 postos) apresentou um diferencial positivo com relação à média de 10.522 postos de emprego. Além disso, tiveram desempenho positivo Serviços(+ 14.746 postos); Administração Pública (+ 704 postos); e Extrativa Mineral (+454 postos).  Os setores que apresentaram desempenho negativo foram o Comércio (-67.458postos), em grande parte por razão sazonal, e a Agricultura (-622 postos). 

Regiões 

Os dados geográficos revelam expansão do emprego em duas das cinco Regiões. O Sul registrou +48.843 postos (+0,69%), saldo superior ao registrado em janeiro de 2012 (+44.164 postos), com destaque para Santa Catarina ( + 18.929 postos) e Rio Grande do Sul (+ 18.789 postos). Centro-Oeste com +16.335 vagas (+0,54%) teve expansão em todos os estados, com destaque para Mato Grosso (+ 9.096 postos). As exceções ficaram por conta do: Nordeste (-29.200 postos), queda marcada devido fatores sazonais, em grande parte às atividades sucroalcooleiras e ao desempenho negativo no Comércio; Norte (-5.495 postos), resultado influenciado pelo Comércio; e Sudeste (-1.583postos), a redução deveu-se, principalmente, ao desempenho negativo do Comércio e da redução dos postos na Agricultura. 

Por Unidade da Federação, 11 elevaram o nível de emprego com duas apresentando o segundo melhor desempenho. Apesar disso, 16 estados apontaram recuo. Os destaques positivos foram: Santa Catarina (+ 18.929 postos) e Mato Grosso (+ 9.096 postos), ambos com o segundo melhor resultado para o mês; Rio Grande do Sul (+ 18.789 postos); São Paulo (+ 16.956 postos); Paraná (+ 11.125 postos); Minas Gerais (+ 7.480 postos).

Com informações do Ministério do Trabalho