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Após pouco mais de um mês, dólar fecha valendo menos que R$2,00

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Pela primeira vez, desde 30 de maio, o dólar voltou a operar abaixo de R$ 2,00. Nesta segunda-feira (2), a moeda americana terminou o pregão cotado a R$1,987, com desvalorização de 1,14%. O diretor de Gestão na corretora TOV Asset Management, Pedro Paulo Silveira, diz que a queda era esperada. “Na última sexta-feira (29), o Banco Central (BC) fez uma operação de swap (permuta). Além disso, sexta-feira é um dia que sistematicamente influencia a bolsa, e os mercados ficaram comportados hoje”.

Na sexta-feira, o dólar já havia descido 3,18%, maior queda em pouco menos de nove meses, como consequência da reunião entre os líderes europeus e o pacote de estímulo que eles anunciaram. Apesar dos últimos dias, nos seis primeiros meses do ano a valorização do real foi de 7,5%. O analista acredita que "o câmbio se estabilizará em um valor maior que R$1,95 e menor que R$2,05".    

Nas bolsas de valores, o ânimo dos investidores é influenciado com os dados econômicos internacionais. A China, a zona do euro e Estados Unidos apresentaram levantamentos negativos da atividade industrial. Além do índice recorde de desemprego na União Europeia (11,1%) em maio. Segundo Silveira, esses dados mostram “o cenário ruim e instável da economia mundial”. Apesar disto, na segunda-feira as principais bolsas espalhadas pelo mundo permaneceram estáveis.

No mercado brasileiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), subiu 0,62%, encerrando o dia com 54.692 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,80 bilhões. 

“A expectativa do mercado está focada nos possíveis pacotes de estímulos adicionais que possivelmente serão lançados na quinta-feira”, explicou Silveira o motivo de o pregão ter ficado positivo.  

Reportagem: Rômulo Diego Moreira