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Espanha aceita ajuda para sanear sistema bancário

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Os ministros da Economia e Finanças da zona do euro aceitaram o pedido da Espanha de um resgate de até 100 bilhões de euros para socorrer o sistema bancário do país. A decisão foi adotada em uma teleconferência de mais de três horas. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde também participou. Caberá ao FMI inspecionar o plano de ajuda.

Segundo o jornal El País, está em jogo o saneamento dos bancos espanhóis, a recuperação da confiança na Espanha e a estabilidade da eurozona, que enfrenta a pior crise desde a sua criação.

Em entrevista coletiva, o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, explicou os termos do acordo. "O governo espanhol tem a máxima determinação de contribuir para a estabilidade da moeda única. Uma das reformas essenciais é a reforma financeira. A Espanha empreendeu o maior exercício de transparência e saneamento do setor financeiro. Os valores serão conhecidos ainda este mês. O governo declara a sua intenção de solicitar ajuda estrangeira. Uma quantia suficiente, mas uma margem de segurança significativa. O risco soberano ficará à margem do saneamento do setor financeiro", afirmou.

Luis de Guindos não forneceu cifra alguma do total do resgate. "Tivemos uma primeira avaliação do FMI e, em dois dias, teremos avaliações independentes. Antes do final de junho teremos as auditorias e, aí sim, haverá a divulgação dos montantes, tudo com total transparência. Nenhum sistema bancário foi submetido a tal nível de transparência", acrescentou.