ASSINE
search button

América Latina deve realizar reformas para manter crescimento

Compartilhar

Em artigo publicado esta semana, o ex-embaixador da Costa Rica nos Estados Unidos e diretor Centro para Estudos Latino-Americanos do Instituto Hudson, Jaime Daremblum afirma que, embora tenha grande potencial de crescimento, a região precisará realizar uma série de reformas para poder ser apontada, de fato, como uma potência global. Entre os pontos que  precisariam ser imediatamente aperfeiçoados estão o sistema tributário - que qualifica como ineficiente -,  a infraestrutura e a educação. A criminalidade, a corrupção e a dependência da exportação de commodities para a economia da alguns países também são motivo de preocupação.   

Apesar dos alertas, o especialista vislumbra um cenário bastante positivo. Segundo ele - com exceção da Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela - a gestão econômica na América Latina nunca foi tão eficiente. A restrição para os países acima se deve ao fato de os governos locais terem nacionalizado empresas como, por exemplo, a petrolífera espanhola YPF.

"Para um observador casual, as decisões de Cristina Kirchner e Evo Morález podem sugerir que a América Latina é caracterizada pelo populismo econômico destrutivo. No entanto, a política econômica destes países está em total dessincoronia com a dos 'pesos pesados' Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. O líder latino-americano mais influente na última década era Luis Inácio Lula da Silva, cujo governo adotou uma postura pragmática com o objetivo de manter a estabilidade econômica", analisa.

Daremblum exalta ainda o fato de que  em meio à recessão, a região se tornou um mercado atrativo para os investidores estrangeiros. "Os mercados de ações na maior parte do mundo podem estar vivendo uma década perdida, mas ainda há muito o que ganhar na América Latina. Políticas econômicas vigorosas e persistentes, especialmente a brasileira, produziram fundos com retornos de até 13.3% no primeiro trimestre deste ano", conclui.