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Ibovespa retrai diante de incertezas na Europa

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Após abrir o pregão com ganhos, a principal praça acionária brasileira, o Ibovespa, opera em queda assimilando as notícias sobre o impasse político na Grécia. Além disso, a economia espanhola causa temores no mercado. Há pouco, o Ibovespa desvalorizava 0,54%, aos 55.588 pontos, com giro financeiro de R$ 2.495 bilhões.

De acordo com Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW Corretora, o Ibovespa opera em linha com mercado externo, pois não tem forças para fugir deste cenário desanimador. 

As atenções dos investidores se voltam novamente à Grécia. A espera por novas eleições legislativas no país em junho, o BCE sinaliza que irá interromper temporariamente empréstimos para bancos gregos para limitar riscos.

Para complicar ainda mais este cenário, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a suspensão de seus contatos oficiais com a Grécia até que sejam realizadas as novas eleições em 17 de junho, apesar da formação de um governo interino em Atenas.

Outro dado que contribui para a cautela dos investidores é a questão da Espanha. O país confirmou oficialmente sua entrada em recessão, ao anunciar uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,3% no primeiro trimestre.

No setor bancário, o Bankia, quarta maior entidade bancária da Espanha, liderava as perdas em Madri, chegando a recuar 27,49%, mas teve seu recuo limitado. A ação do banco, cujo resgate foi anunciado pelo governo na semana passada, está cotada em torno de € 1,364, menos de um terço do preço de estreia em bolsa (€ 3,75), em 20 de julho de 2011.

Em Wall Street, os dados da agenda também não vieram animadores. Com isso, os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ficaram estáveis na semana encerrada em 12 de maio de 2012, ante os sete dias imediatamente anteriores, segundo informações divulgadas hoje pelo Departamento de Trabalho do país.

Em sinal oposto, o índice de indicadores antecedentes econômicos (Leading Economic Index - LEI) norte-americano registrou queda de 0,1% no mês de abril, segundo informações divulgadas hoje pelo Conference Board.

Por aqui, o Ibovespa, opera com perdas de 0,54% em linha com o mercado externo que avalia as notícias do ambiente europeu.

Na agenda doméstica, os agentes avaliam o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que na cidade de São Paulo, caiu para 0,48% na segunda quadrisemana de maio, ante 0,55% apresentado na semana anterior.

Em contrapartida, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),  variou 1,01%, em maio. A taxa apurada em abril foi de 0,70%. Em maio de 2011, a variação foi de 0,55%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 3,90%. A taxa acumulada no ano é de 2,11%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Entre as oscilações positivas em destaque na sessão estão os papéis do MRV (ON), que avançavam 3,52% e a Fibria (ON) que apresentavam alta de 2,84%. Em contrapartida, entre os destaques negativos, estão os papéis da B2W (ON), que recuavam 5,07% e o Bradesco (PN) que apresentavam revés de 2,92%.