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Bovespa fecha em menor patamar desde janeiro e dólar tem forte alta

Moeda norte americana fechou no maior nível desde julho de 2009

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou pela primeira vez desde 16 de janeiro abaixo dos 60 mil pontos, com desvalorização de 0,96%, aos 59.786 pontos, no pregão desta quarta-feira (9). O volume de negócios da sessão foi de R$ 6,83 bilhões. O dólar subiu novamente, embalado pela instabilidade vinda da Europa. A divisa norte-americana teve valorização de 1,23%, a quarta consecutiva, sendo cotada a R$ 1,9625 na venda. Trata-se do maior patamar da moeda desde 14 de julho de 2009.

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O cenário externo contribuiu bastante para o desempenho negativo da bolsa, uma vez que o impasse político na Grécia teve novo capítulo após o líder do partido Syriza, de extrema esquerda, Alexis Tsipras, não ter conseguido formar um governo de coalizão com as outras grandes forças políticas gregas. Nesta sessão, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) aprovou a liberação de 4,2 bilhões de euros à Grécia – pagamento que estava em suspeição devido à situação política no país. No entanto, o total a ser pago era de 5,2 bilhões de euros, e EFSF decidiu reter 1 bilhão de euros para ‘quando for necessário’.   

No mercado nacional, os investidores refletiram a alta maior do que o esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve valorização de 0,64% em abril, após alta de 021% em março, configurando, assim, o maior avanço mensal do indicador desde abril de 2011. Ainda, o Banco Central publicou dados do fluxo cambial brasileiro, que apresentou saldo negativo de US$ 1,787 bilhão na primeira semana de maio.

Mercado

Os ativos das principais empresas que compõem o Ibovespa - Petrobras, Vale e OGX Petróleo – apresentaram resultado negativo no pregão. Os papéis de ordinários e preferenciais da Petrobras tiveram queda de 0,57% e 0,49%, enquanto as ações da petrolífera do bilionário Eike Batista despencaram 2,71%. Na vale, os ativos ordinários e preferenciais desvalorizaram 0,25% e 0,38%. Ainda, a ação da BM&FBovespa caiu 3,96%, sendo a principal contribuição para a queda do Ibovespa.  

O setor de construção civil voltou a registrar perdas nesta sessão e teve destaque negativo. As ações da Rossi Residencial, Cyrela e MRV Engenharia tiveram perdas de 6,74%, 5,03% e 4,96%, e figuraram entre as cinco maiores baixas do dia. Os ativos da B2W Varejo caíram 5,26%, após divulgação de dados que revelaram aumento no prejuízo líquido, piora nos dados operacionais e queda nas margens da varejista. Os papéis da Gol recuaram 5,33%.

Na ponta positiva, o destaque ficou para as ações da Vanguarda Agro, que subiram 13,51%, e da mineradora MMX, que tiveram alta de 3,99%. Completaram as cinco maiores altas do dia os ativos de Cielo,  Lojas Renner e Copel, que avançaram, respectivamente, 3,49%, 2,48% e 1,80%. 

Europa

No Velho Continente, a incerteza foi mantida com as notícias vindas da Grécia e da Espanha. No contexto grego, o maior temos dos investidores é a informação de que o país corre o risco de ficar fora da Eurozona caso ignore os acordos estabelecidos com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber o resgate financeiro em troca da correção de suas contas públicas.

O destaque positivo veio com a divulgação da balança comercial da Alemanha de março, que registrou superávit de 13,7 bilhões de euros. Segundo o Escritório Federal de Estatísticas Destatis, o dado indica avanço na comparação com fevereiro.

Assim, os principais índices acionário do continente encerraram o pregão desta quarta-feira sem direção definida. No final da sessão, o DAX, em Frankfurt, fechou com alta de 0,47%, aos 6.475 pontos, enquanto, em Paris, o índice CAC-40 se desvalorizou 0,20%, aos 3.118 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 teve queda de 0,44%, aos 5.530 pontos.

EUA

Nos Estados Unidos, o destaque ficou para o sexto pregão de desvalorização consecutivo do índice Dow Jones, que teve a maior queda desde 2 de agosto de 2011. Com poucas notícias internas relevantes, o mercado norte-americano voltou sua atenção para a Europa. 

Assim, o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips americanas, caiu de 0,75%, aos 12.835 pontos. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresentou desvalorização de 0,67%, aos 1.355 pontos, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, recuou 0,39%, aos 2.935 pontos.