O banco Citibank emitiu relatório, assinado pelos economistas Guillaume
Menuet e Jürgen Michels, apontando que as chances da saída da Grécia da Zona do
Euro estão atualmente entre 50% e 75% nos próximos 12 a 18 meses. Contudo, o
documento assegura que as probabilidades de um rompimento amplo de toda a Zona
do Euro são muito baixas.
Segundo os economistas, o resultado inconclusivo da eleição parlamentar
na Grécia abriu espaço a partidos radicais de esquerda e direita no Parlamento,
o que mostra a insatisfação da população com a forma como a crise econômica vem
sendo gerida pelo governo. O desemprego no país está acima de 20% e foram
necessárias medidas de austeridade para receber o auxílio externo da chamada
Troika, que é integrada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o
Fundo Monetário Internacional.
O relatório também projeta que é alta a probabilidade de novas votações,
já que as chances da instauração de um governo de coalizão são remotas. Na
segunda-feira, o líder do partido Nova Democracia, que detém maioria no
Parlamento, Antonis Samaras, disse que ‘falhou’
na tentativa de forma uma coligação de governo. Assim, cabe agora à legenda de
segunda maior representatividade, a Syriza,
de extrema esquerda, buscar a formação de uma coalizão. Os especialistas do
Citibank apontaram que a incerteza que circunda a política grega poderia fazer
com que não fossem cumpridos os acordos feitos com a Troika.