O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apresentou queda de 0,36%, aos 61.750 pontos, no pregão desta quarta-feira (25). O resultado foi oposto ao das bolsas de Europa e EUA, que tiveram um dia positivo. O volume negociado foi de R$ 7,6 bilhões. Após leilão de compra de dólares no mercado à vista pelo Banco Central, a divisa fechou praticamente estável, com leve alta de 0,06%, cotado a R$ 1,8835 na venda.
No Brasil, o setor bancário teve forte queda, assim como as ações de Petrobras e Vale, duas maiores empresas que compõem o índice. No cenário externo, destaque para a divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Apple, nos EUA, e de resultados corporativos e ações de bancos e de tecnologia na Europa.
Mercado
No mercado nacional, a forte queda dos papéis do setor financeiro impulsionaram a desvalorização do Ibovespa. Destaque para as perdas do Itaú Unibanco, cujas ações recuaram 5,88%, a R$ 29,60, e o Itausa, que perdeu 5,66%, a R$ 9,66. Os ativos preferenciais e ordinários do Bradesco tiveram perdas de 2,57% e 2,69%, a R$ 29,85 e R$ 25,30, respectivamente. As ações ordinárias do Banco do Brasil caíram 2,37%, a R$ 23,04.
As ações da empresa de papel e celulose Fibria também se desvalorizaram 5,31%, a R$ 15,15. Complementando as cinco maiores perdas do dia, as companhias do grupo de Eike Batista, MMX e LLX, tiveram queda de 3,72%, a R$ 9,57, e 3,03%, a R$ 3,19, respectivamente.
Os papéis de Petrobras e Vale tiveram recuo na sessão. As ações ordinárias e preferenciais da petrolífera registraram queda de 0,58% e 0,51%. Na Vale, os papéis ordinários e preferenciais caíram 1,44% e 1,46%. As duas empresas são as duas mais representadas no índice. Os investidores ficam no aguardo da divulgação do resultado trimestral da Vale, que será apresentado ainda nesta quarta (25).
No outro lado do índice, destaque para a forte valorização das ações da OGX Petróleo, que representam a terceira maior participação no índice. Os papéis da empresa subiram 6,30%, a R$ 13,83. As outras quatro maiores altas do dia foram: JBS (+4,18%), Cyrela (+3,14%), Natura (2,95%) e Copel (+2,90%).
EUA
Nos EUA, os principais índices acionários encerraram o dia em alta com o resultado trimestral da Apple, puxando a forte valorização do Nasdaq nesta sessão, enquanto a postura do Banco Cetral dos EUA (Fed) quanto à política monetária dos Estados Unidos também impulsionou os ganhos do S&P 500 e Dow Jones.
A reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) não trouxe muitas novidades em relação ao encontro anterior. O Fed optou por deixar inalterada a taxa básica de juros do país entre 0% e 0,25%. Ainda, o presidente da Fed, Ben Bernanke, apontou que a inflação é passageira e que utilizá-la para tentar estimular a produção é imprudente.
Vale mencionar que a Apple registrou lucro de US$ 12,30 por ação, maior do que o esparado por especialistas de US$ 10,04, e receita de US$ 39,2 bilhões, acima das estimativas de US$ 36,81 bilhões, de acordo com compilação da Thomson Reuters. Em reflexo, as ações da companhia avançaram 8,87%, cotadas acima de US$ 600.
Por isso, o Nasdaq Composite, que agrupa ações de tecnologia, fechou com valorização de 2,30%, aos 3.030 pontos. O S&P 500, que agrega as 500 principais empresas americanas, terminou o pregão com alta de 1,36%, aos 1.390 pontos, e o Dow Jones, que mede a performance das 30 principais blue chips dos EUA, subiu de 0,69%, aos 13.090 pontos.
Europa
Na Europa, os principais índices estenderam os ganhos da terça-feira (24) e fecharam em alta na quarta, impulsionados por resultados corporativos e ações de bancos e de tecnologia. Na Espanha, as ações do BBVA subiram 2,21%, mesmo depois de o banco ter reportado pequena queda no lucro do primeiro trimestre de 2012, resultado esperado pelos analistas. No Reino Unido, as ações da Xstrata tiveram alta de 2,96%, enquanto as da Rio Tinto avançaram 1,90%. Os papéis da fabricante de chips Arm Holding tiveram elevação de 1,1% após o forte resultado de vendas do iPhone da Apple, a quem fornece chips.
De acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o Reino Unido entrou em recessão no primeiro trimestre do ano, após o Produto interno Bruto (PIB) apresentar retração de 02%. Um país é considerado tecnicamente em recessão após dois trimestres consecutivos de queda na produção.
Na Alemanha, o Tesouro da realizou leilão, no qual colocou 2,405 bilhões de euros em dívida, e a demanda ficou abaixo do valor ofertado, de até € 3 bilhões. Este foi o segundo leilão de dívida alemã com fraca demanda em duas semanas.
O FTSE 100 da bolsa de Londres teve leve alta de 0,16%, aos 5.719 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, subiu 2,02% a 3.233 pontos. A Bolsa de Frankfurt teve valorização de 1,73%, aos 6.705 pontos.