A presidente da República, Dilma Rousseff, empossou na manhã desta quarta-feira a diretora-geral Magda Chambriard para o comando da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com isso, após nomear Maria Graça Foster para a presidência da Petrobras (presente a cerimônia), Dilma deixa o setor de energia brasileiro em mãos femininas. Neste momento, o pré-sal é considerado estratégico para o reposicionamento brasileiro no setor.
"O desafio associado a este salto é enorme, A ANP precisa estar amparada em políticas públicas para garantir que o investimento de centenas de milhões de dólares possa se reverter para o desenvolvimento industrial do nosso País", afirmou Chambriard em seu discurso de posse, recebendo em seguida um longo abraço da presidente.
"O Brasil tem na Magda um símbolo de que as pessoas ascenderem aos seus postos por merecimento, capacidade e dedicação. Eu considero muito importante para o Brasil e para as mulheres brasileiras constatar que por mérito e profissionalismo elas chegam a postos importantes numa indústria que tradicionalmente é integrada por homens", reforçou Dilma, na sequência.
Além de posicionar mulheres de sua confiança para a área energética, a presidente, que já controlou o ministério de Minas e Energia no governo Lula, Dilma dá uma resposta aos membros do partido aliado que fizeram pressão para manter influência sobre as agências reguladoras, após o episódio em que o Senado rejeitou o nome de Bernardo Figueiredo para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Chambriard foi uma escolha pessoal de Dilma, que teria ficado impressionada com seu pulso firme diante da petrolífera americana Chevron, no primeiro caso de vazamento de óleo na bacia de Campos, em novembro do ano passado.
Ela chega à ANP também pelas mãos de seu antecessor, Haroldo Lima, do PC do B, que foi, inclusive, ofuscado por ela própria no episódio da Chevron. O deputado federal ficou oito anos à frente da agência e não poderia mais permanecer no cargo. Chambriard trabalha no setor de energia desde quando, ainda como estagiária, iniciou sua carreira na Petrobras. Antes de chegar à diretoria, controlava a superintendência de exploração da ANP.