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Desaceleração chinesa assusta e bolsas caem; Ibovespa fecha em baixa de 0,64%

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O medo de uma desaceleração na China refletiu nas bolsas no Brasil e nos Estados Unidos, que fecharam em queda. O Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou baixa de 0,64% nesta terça-feira, aos 67.295 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,61 bilhões.

O mercado está temeroso em relação ao crescimento do gigante asiático, além do avanço nos preços do petróleo, que se apresenta como uma ameaça ao crescimento global. 

Principais papéis

Os temores do mercado puxaram os papéis das principais empresas que compõem o índice. As ações da mineradora Vale fecharam em baixa de 1,53%(VALE3) e 0,83% (VALE5). Os papéis da Petrobrás também recuaram, PETR3 e PETR4, em 0,96% e 0,45% respectivamente. Juntos, elas representam 23% do Ibovespa. 

Cortes no Orçamento

Ainda hoje, o Ministério do Planejamento anunciou novo corte no orçamento de R$ 368,6 milhões, ocorrido na revisão bimestral realizada pela repartição. Com isso, o total no contingenciamento dos gastos do governo passaram de R$ 55 bilhões para R$ 55,073 bilhões. 

Bolsas nos EUA caem

A preocupação com a desaceleração chinesa também fez com que os principais índices acionários norte-americanos também fechassem em queda nesta terça-feira (20). A piora nos indicadores sobre a construção civil também preocupou os investidores.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52% a 13.170 pontos. O S&P 500 encerrou o pregão em leve desvalorização de 0,30% atingindo 1.406 pontos, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou queda de 0,14% chegando a 3.074 pontos. 

Desaceleração na China impacta mineradoras

O presidente da divisão de minério de ferro da empresa anglo-australiana BHP Biliton, Ian Ashby, afirmou nesta terça que a demanda da China por minério de ferro vai cair para "um dígito, se já não estiver neste patamar". No entanto, o executivo confirmou um crescimento sólido da China este ano, apesar da meta do PIB (Produto Interno Bruto) ter sido reduzida pelo governo.

A China também anunciou aumento dos preços da gasolina e diesel de 6% para 7%, o maior avanço nos últimos três anos, o que colocou mais pressão no mercado, que já teme um recuo da demanda.