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Ameaça da Moody's a bancos europeus derruba bolsas mundiais 

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Os mercados acionários mundiais devem adotar o movimento de desvalorização, puxados para baixo por notícias negativas provenientes da Europa. Os investidores estarão de olho na ameaça que a Agência de classificação de risco Moody´s fez a algumas instituições financeiras do velho continente.

De acordo com analistas, a cautela deve ser o comportamento preponderante desta quinta-feira. O principal motivo para isso é um reflexo do possível rebaixamento dos ratings de diversos bancos europeus.  A agência de classificação financeira Moody's anunciou que pode reduzir a curto prazo as notas de 114 instituições financeiras do continente, incluindo os gigantes do setor, em consequência da crise e do rebaixamento da nota de vários países da União Europeia (UE).

A Moody's colocou sob vigilância a nota de vários grandes bancos franceses, dentre eles BNP Paribas, Société Générale e Crédit Agricole, assim como estabelecimentos italianos, espanhóis, britânicos, alemães, austríacos, portugueses e escandinavos.

Entre os pesos pesados do setor que estão sob a ameaça da Moody's, de destacam os alemães Deutsche Bank e Commerzbank, os britânicos Royal Bank of Scotland e HSBC, o holandês ING, o espanhol Santander e o italiano Unicredit.

Outro fator que continua a incomodar é o atraso da decisão dos ministros das finanças sobre a ajuda financeira à Grécia. “Isso afetou o mercado ontem e hoje deve continuar sendo um fator negativo para as operações”.

Durante a teleconferência realizada ontem, a Grécia divulgou o corte de € 325 milhões que era a única exigência pendente entre todas as realizadas pela Troika, formada por Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE).

Uma nova reunião entre os líderes das finanças dos países da zona do euro acontecerá na próxima segunda-feira(20), onde deve ser definido quando os gregos serão beneficiados pelo resgate financeiro. Nos Estados Unidos, a agenda apresenta muitos indicadores relevantes, com destaque para o índice de preços ao produtor de janeiro, novos pedidos de seguro desemprego e o índice de atividade do Fed de Filadélfia, além do discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke. Além disso, as praças acionárias podem recuar com as informações europeias. 

Por aqui, o Ibovespa deve ser guiado pelos mercados internacionais, que hoje operam na esteira de uma leve realização com as notícias gregas e também influenciados pela decisão da Moody’s em revisar o rating de 114 bancos do velho continente. Além disso, localmente, o nosso índice sofrerá a influencia do balanço da Vale que não surpreendeu as expectativas dos investidores.