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Fórum Econômico Mundial de Davos começa com críticas ao capitalismo 

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Representantes de vários países desenvolvidos e em desenvolvimento se reúnem a partir de hoje (25) em Davos, na Suíça, no 42º Fórum Econômico Mundial. O objetivo é debater os novos modelos econômicos e as medidas que devem ser adotadas para evitar o agravamento da crise econômica mundial. Internamente, entre os integrantes do fórum, há severas críticas ao chamado modelo atual do capitalismo.

O Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

De acordo com os organizadores, o fórum vai reunir cerca de  2.600 participantes, dos quais 40 são presidentes da República e primeiros-ministros, além de integrantes de organizações internacionais. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, é a reponsável pelo discurso de abertura do encontro, cujo tema este ano é A Grande Transformação: Formar Novos Modelos.

“O capitalismo, na sua atual forma, já não se encaixa no mundo que nos cerca. Falhamos ao não termos aprendido as lições da crise financeira de 2009. A transformação global é urgente e tem de começar com o restabelecimento de um sentido global de responsabilidade social”, disse o fundador e presidente executivo do fórum, Klaus Schwab, em comunicado na página do evento na internet.

Confirmaram presença no encontro o presidente do México, Felipe Calderon, país que preside o G20 (os 20 países mais ricos e os emergentes), o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, e diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, além do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

No fórum, também serão discutidas as manifestações e reivindicações em curso nos países muçulmanos. O novo primeiro-ministro da Tunísia, Hamadi Jebali, e o candidato às eleições presidenciais no Egito Amr Moussa participarão de debates sobre o tema.

Na tentativa de evitar confrontos entre manifestantes que cercam os locais onde estarão as autoridades, foram deslocados cerca de 5 mil agentes policiais – entre militares e civis -, além de aviões de combate F/A-18 que vão patrulhar o espaço aéreo da estância de inverno.

Nos últimos dias, chegaram a Davos ativistas que montaram acampamentos em forma de iglus (pequenas casas de gelo) no centro da cidade com o slogan Ocupar o Fórum Econômico Mundial. No ano passado, ativistas conseguiram provocar uma explosão em um hotel de luxo da cidade. Não houve feridos nem mortos.